A agência de classificação de risco Fitch manteve a nota da dívida pública brasileira dois níveis abaixo do grau de investimento. A agência indica que não pretende mudar a nota nos próximos meses. O grau de investimento representa a garantia de que um país não corre o risco de dar calote na dívida pública.
Em comunicado, a agência citou quatro fatores para a manutenção da nota: alto e crescente nível de dívida pública, rigidez orçamentária, baixas pontuações de governança e crescimento potencial relativamente baixo da economia brasileira.
A Fitch também citou as eleições presidenciais de 2026 como fator que pode adiar a resolução dos problemas fiscais para 2027. A agência mencionou ainda as recentes dificuldades na relação do governo com o Congresso.
O Ministério da Fazenda não se manifestou sobre a manutenção da nota da dívida brasileira.
No fim de maio, a agência de classificação de risco Moody’s reduziu a perspectiva da nota da dívida soberana brasileira. Como a nota de crédito do Brasil está um nível abaixo do grau de investimento, a decisão eliminou a possibilidade de o país obter o selo de bom pagador até o fim do governo.