21.5 C
Brasília
quinta-feira, agosto 14, 2025

ANUNCIE

×
Logo SimpleAds

Zequinha critica restrições impostas pela UE a produtos agropecuários

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (8), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) criticou as medidas da União Europeia que impõem restrições à importação de produtos agropecuários brasileiros sob a justificativa de proteção ambiental. Segundo o parlamentar, as restrições, especialmente a chamada “lei antidesmatamento”, são barreiras comerciais disfarçadas, criadas para proteger o mercado europeu

De acordo com o senador, a “lei antidesmatamento” desconsidera o Código Florestal brasileiro (Lei 12.651, de 2012), que diferencia o desmatamento legal do ilegal. Para ele, os europeus tratam qualquer tipo de desmatamento no Brasil como ilegal, mesmo quando está em conformidade com as legislações ambientais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
publicidade

— Recentemente, foi divulgado na imprensa que a Comissão Europeia estaria disposta a adiar em um ano a implementação da lei que pode impactar 60% das exportações do agro brasileiro ao bloco europeu. A tal lei antidesmatamento, assim apelidada, pela própria União Europeia, proíbe a importação de produtos oriundos de áreas degradadas ou desmatadas dos países com os quais o bloco mantém relações comerciais. A nova diretriz, que originalmente passaria a valer no final deste ano, impede a exportação de soja, gado, café, madeira, borracha e cacau oriundos de áreas que tenham sido desmatadas após 2020 — disse.

Zequinha ainda comparou a política de preservação ambiental do Brasil com a da França, que, segundo ele, preserva apenas 3% de suas terras agrícolas, enquanto os produtores na Amazônia são obrigados a manter 80% de suas áreas preservadas.

O senador também defendeu a aprovação do PL 2.088/2023, de sua autoria, que estabelece a chamada Lei da Reciprocidade Ambiental. A proposta torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que disponibilizam bens e produtos no mercado brasileiro

— Precisamos atuar com agilidade, para não ficarmos nas mãos dos europeus e desse discurso travestido de ambiental, mas que, na realidade, não passa de uma barreira comercial para interferir indiretamente no Código Florestal brasileiro, para defender interesses comerciais e enfraquecer a competitividade brasileira lá fora. O adiamento dessa lei, que é uma aberração do ponto de vista da multilateralidade, é necessário, mas não suficiente nem devemos ficar dependentes unicamente disso. A discussão aqui é sobre soberania, sobre o poder político e a legitimidade do poder exercido por esta nação chamada Brasil — declarou.

Fonte: Agência Senado

relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique conectado

667FãsCurtir
756SeguidoresSeguir
338SeguidoresSeguir
- Publicidade -spot_img

Últimos artigos

publicidade