O ex-ministro Edison Lobão, o filho Márcio Lobão e a nora Marta Lobão viraram réus na Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrente repasse de R$ 2,8 milhões, da Construtora Odebrecht, de 2011 a 2014. Edison Lobão ocupava o cargo de Ministro de Estado de Minas Energia no referido período. Três ex-executivos da empreiteira também viraram réus por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia apresentada pela força-tarefa, o esquema de corrupção envolvia o contrato de construção da Usina de Belo Monte, no Pará. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pela juíza substituta da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba Gabriela Hardt. A Justiça também determinou o arresto e o sequestro de R$ 7,8 milhões em bens e ativos financeiros em nome dos três réus.
Segundo a denúncia, a propina para o ex-ministro e para o filho foi repassada pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em cinco entregas no escritório de advocacia que a nora mantinha com a família. Segundo a denúncia, nos sistemas de contabilidade paralela da empreiteira, Edison Lobão era identificado como “Esquálido”.
Nota de Edison Lobão:
“A defesa do ex-senador Edson Lobão vem a público dizer que a denúncia que foi recebida em relação à investigação que se deu sobre as obras da Usina Belo Monte é mais uma, dentre tantas, que se lastreia unicamente nas palavras dos delatores. Nada mais.
Ao longo dos últimos meses esta estratégia da força-tarefa de usar a palavra dos delatores para escrever uma história da Operação Lava Jato está sendo desmoralizada pelos fatos que estão vindo à tona diuturnamente. Inclusive, um dos subscritores dessa denúncia hoje está em cheque.
A defesa do ex-senador Edson Lobão confia no juiz titular da 13ª Vara de Curitiba e tem certeza da sua imparcialidade. É o que basta para enfrentar uma acusação sem nada concreto, a não ser a palavra de delatores.”
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)