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sábado, novembro 8, 2025

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Bancarrota: Brasil já deve mais de R$ 9 trilhões

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O Brasil voltou a acender o alerta fiscal. A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 8,122 trilhões em setembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional, o que representa novo recorde nominal e consolida o avanço contínuo do endividamento. Quando se incluem os demais passivos do setor público — como dívidas de estados, municípios e compromissos do Banco Central — o valor ultrapassa R$ 9,4 trilhões. O país deve hoje mais de três quartos de tudo o que produz em um ano: a dívida bruta do governo geral chegou a 76,6% do PIB, um patamar considerado perigoso para economias emergentes.

Os números são resultado direto de uma política fiscal que se mostra cada vez mais desequilibrada. O governo central acumula déficit primário, isto é, gasta mais do que arrecada, antes mesmo do pagamento dos juros da dívida. Em agosto, o resultado negativo foi de R$ 15,6 bilhões, e no acumulado de 12 meses, o rombo supera R$ 26 bilhões, de acordo com o próprio Tesouro.

A conta cresce enquanto a arrecadação, mesmo recorde, é corroída pela expansão de despesas obrigatórias, subsídios e programas de sustentação política. O contribuinte, sufocado por uma das cargas tributárias mais pesadas do mundo em desenvolvimento, sente no bolso a ineficiência de um Estado que arrecada muito, mas não entrega nada.

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O país volta, assim, à chamada “dominância fiscal”, quando o endividamento público é tão grande que limita a atuação do Banco Central e empurra os juros para cima. Isso significa que, para financiar sua dívida, o governo precisa pagar prêmios mais altos, o que eleva o custo do crédito e impede o crescimento. É um círculo vicioso: o Estado se endivida para cobrir gastos correntes, os juros aumentam para conter a inflação e, no fim, o próprio aumento de juros amplia a dívida.

Apesar do discurso de “responsabilidade social”, o governo evita discutir a raiz do problema — o gasto público descontrolado. Com despesas rígidas e uma máquina inchada, o corte de gastos se torna politicamente inviável. Em vez de reformas estruturais que enfrentem privilégios e desperdícios, o que se vê é a multiplicação de programas de curto prazo, benesses eleitorais e medidas populistas que apenas adiam o ajuste. A estratégia da sobrevivência política substitui o planejamento de longo prazo.

Economistas alertam que o quadro fiscal brasileiro é insustentável sem um plano de consolidação crível. O Fundo Monetário Internacional já projeta que, sem reformas, a dívida pode ultrapassar 80% do PIB em poucos anos. Embora não haja risco iminente de calote, pois o Brasil ainda tem reservas internacionais elevadas e um sistema financeiro robusto, o país caminha perigosamente na direção de uma crise de confiança. Quanto mais o Tesouro depende de rolar dívida e mais o governo posterga cortes, maior o risco de fuga de capitais, desvalorização cambial e encarecimento do crédito.

O diagnóstico é claro: o Brasil não está tecnicamente “falido”, mas opera à beira de uma exaustão fiscal. Gasta demais, arrecada mal e investe pouco. A estrutura tributária penaliza quem produz e consome, enquanto o Estado protege privilégios e amplia sua própria folha.

Nos últimos 17 anos, somando os períodos de governos de esquerda de 2003 a 2016 e o ciclo atual iniciado em 2023, o país não conseguiu construir uma política de equilíbrio fiscal duradoura. O discurso de combate à desigualdade não se traduz em eficiência econômica, e o resultado é o mesmo: mais dívida, menos investimento e um contribuinte cada vez mais asfixiado.

O Brasil pode não estar à beira de uma falência formal, mas o colapso silencioso das contas públicas já cobra seu preço. Cada aumento de juros, cada novo imposto e cada déficit mensal representam uma transferência de renda de toda a sociedade para sustentar a ineficiência do Estado. Sem um plano fiscal sério, o país continuará refém de um modelo que consome o futuro para pagar o passado, e que trata o rombo como se fosse apenas mais um dado de planilha, quando, na verdade, é o sintoma de uma falência moral da gestão pública.

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