Por Alexandre Sampaio*
Em tempos de recuperação da economia brasileira, o turismo vem ganhando cada vez mais força no mercado, a ponto de ser considerado um pilar para o desenvolvimento. Isso pode ser visto em estudo inédito da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na sexta-feira (20), que reflete o bom desempenho do emprego no segmento turístico em outubro deste ano.
Segundo pesquisa, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), dos 39.178.133 empregados registrados pela CLT, o estoque dos alocados no turismo correspondeu a 7,6% do total, sendo 329,9% maior se comparado ao mesmo período do ano passado. Destes, mais de 1,9 milhão foram ocupados nas atividades de Hospedagem e Alimentação – o que corresponde a 66,1% do contingente de empregados no setor.
Outro ponto importante a ser considerado são as estratégias da hotelaria, a fim de repensar a hospitalidade e ampliar receitas a partir da conquista de novos públicos; e o lazer fora de casa, em especial às refeições em restaurantes e similares, de acordo com a análise.
Ainda de acordo com a pesquisa, o segmento de hospedagem e alimentação foi o único que mais contratou do que fez cortes. Subentende-se que a economia do turismo está crescendo de forma mais robusta graças à diminuição dos juros e aos preços estáveis, além, é claro, do saque do FGTS.
A retomada do crescimento é comemorada pelos representantes do trade, uma vez que o saldo é positivo não só para as agências e operadoras, como também para a própria economia e os brasileiros, que viram o turismo internacional superar expectativas em 2018. Porém, é preciso lembrar também de buscar alternativas para mapear constantemente as preferências do cliente, pois o que hoje surge como solução amanhã pode não ter mais tanta serventia, e vice-versa.
*Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).