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sexta-feira, dezembro 13, 2024

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Brasília sofre invasão de escorpiões

De janeiro a junho deste ano, a Vigilância Ambiental de Brasília-DF recebeu 824 notificações de acidentes causados por escorpiões. Em todos os meses de 2018, foram registrados, em Brasília, 1.229 casos. Passada a metade do ano, os 824 incidentes já representam 67% de todas as notificações feitas junto à Vigilância Ambiental nas regiões administrativas (bairros) no ano passado.

Na semana passada, uma criança de quatro anos morreu picada por um escorpião enquanto dormia. As reclamações têm se multiplicado na capital e em outras unidades da federação. Este não é um fenômeno apenas recente. Nos últimos anos, a incidência de episódios envolvendo escorpiões na capital tem aumentado. Em 2015 foram 514; em 2016, 887; em 2017, 955; e em 2018, 1.229.

A exemplo de Brasília, a ampliação dos acidentes envolvendo escorpiões é um fenômeno que ocorre em todo o país. O banco de dados de casos do Ministério da Saúde registrou 86.413 casos em 2015, 91.722 mil em 2016, 125.229 em 2017 e 156.702 em 2018.

Cuidados

Para evitar a presença de escorpiões, a Secretaria de Saúde de Brasília recomenda algumas medidas. Para quem mora em casas, é importante retirar entulhos, restos de construção e aglomeração de lixo, locais buscados por esses animais. Os escorpiões gostam também de espaços escuros e úmidos. Assim, é preciso fechar acessos a frestas, canos e instalações elétricas. Outro cuidado é verificar sapatos, toalhas, roupas e roupas de cama no momento de entrar em contato com esses objetos.

Uma recomendação para evitar a entrada em casa é a adoção de rodos duplos de borracha nas portas, telas nos ralos e janelas. Um chamariz importante de ser controlado são as baratas, alimento dos escorpiões.

Os moradores podem recorrer à vigilância ambiental do seu estado tanto para orientações de prevenção quando encontrarem um escorpião. Para o biólogo da Vigilância Ambiental de Brasília, Israel Martins, é importante que os moradores passem a adotar as medidas preventivas e também recorram às equipes da instituição.

“Pessoas precisam saber que há serviço de vigilância que pode auxiliar. No DF, temos dez equipes. Se for dividir as 824 ocorrências de 2019 pelo número de equipes, dá menos de um por dia. Falta à população tomar mais conhecimento desse serviço e acreditar mais nas medidas preventivas”, disse o biólogo.

Além dessas medidas, em caso de alguém ser picado é preciso conferir se o hospital ou unidade de saúde para onde a pessoa pretende se deslocar tem soro antiescorpiônico. Secretarias de Saúde podem ter centros de informação toxicológica para fornecer orientações, que podem ser buscadas pelos interessados, ou envolvidos nesses casos.

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