O Ibovespa (IBOV) registrou o seu décimo pregão seguido de queda nesta segunda-feira (14), e o índice de referência da Bolsa brasileira marcou a pior sequência em quase quatro décadas.
A expectativa dos analistas de um rali após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de realizar o primeiro corte da Selic em três anos foi por água abaixo.
Agentes financeiros estavam na esperança pelo empurrão que o ciclo de flexibilização de juros poderia dar ao mercado de ações local. No entanto, desde a última reunião das autoridades monetárias do Banco Central, o Ibovespa engatou uma espiral de quedas que o jogou de volta à linha dos 116 mil pontos.
Trata-se da maior sequência negativa em quase 40 anos, desde a virada de janeiro para fevereiro de 1984 – de acordo com levantamento do Valor Data. Nesta segunda-feira histórica, o principal índice da bolsa caiu 1,06%, a 116.810 pontos. Os ganhos anuais, que já foram de mais de 12%, estão reduzidos agora a 6,45%.
Uma das explicações para parte da queda de 3,10% das ações da Vale neste começo de semana está nas especulações de que Guido Mantega, nada saudoso ex-ministro da Fazenda sob a ótica do mercado, pode assumir a direção da mineradora por insistência de Luiz Inácio Lula da Silva.