A Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina e uma das maiores do mundo, viu o valor de suas ações quase virar poeira durante a Semana. Nos primeiros três primeiros pregões, as ações da empresa desabaram mais de 8%. No mês, a baixa acumulada é de mais de 13%.
A situação começou a piorar com a notícia, na segunda-feira à noite, da saída do presidente Wilson Ferreira Jr, ainda mal explicada. Ele é um dos executivos mais respeitados do setor e responsável por “viradas” recentes da companhia.
Logo depois, um apagão de energia atingiu o país inteiro na terça-feira e, na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apontou que o “evento zero” dele ocorreu a partir da falha em uma linha de transmissão operada pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará.
No começo da semana, as ações caíram por conta do parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, defendendo no Supremo Tribunal Federal (STF) o aumento do poder de voto da União na Eletrobras, o que adicionou fator de risco para as ações.
Também influenciou a retirada do Programa Nacional de Desestatização das ações da empresa que ainda estavam em posse do governo também é mais um ponto de tensão sobre a relação entre o governo e a companhia que tem impactado as ações.