A Rússia anunciou que fará “grandes mudanças” na estrutura militar de suas Forças Armadas até 2026. A promessa de reformulação decorre dos contratempos no campo de batalha na guerra travada contra a Ucrânia. Além das reformas administrativas, a ideia é reforçar as capacidades de combate de suas forças navais, aeroespaciais e de mísseis estratégicos.
“Somente através do fortalecimento dos principais componentes estruturais das Forças Armadas é possível garantir a segurança militar do Estado e proteger novas entidades e instalações críticas da Federação Russa”, disse o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as mudanças se tornaram necessárias pela “guerra por procuração” que está sendo conduzida na Ucrânia pelo Ocidente, que tem enviado armamento cada vez mais pesado para a Ucrânia, para ajudá-la a resistir às forças russas.
O Ministério da Defesa, que enfrentou fortes críticas internas pela ineficácia de seu esforço para assumir o controle de grandes extensões da Ucrânia, prometeu em dezembro aumentar seu pessoal militar para 1,5 milhão.
Foram feitas numerosas mudanças em sua liderança nos 11 meses do que chama a Rússia de “operação militar especial”, na qual suas forças inicialmente capturaram grandes áreas do sul e leste da Ucrânia, mas desde então sofreram uma série de dolorosas derrotas e reveses.
Na semana passada, Shoigu nomeou o general do Exército Valery Gerasimov, o chefe do Estado-Maior Militar, para assumir o comando da campanha da Ucrânia.
O Ministério da Defesa disse na sexta-feira que havia assumido o controle de Soledar –uma pequena cidade mineradora de sal na região de Donetsk, na Ucrânia, que havia sido o foco de um assalto russo durante semanas.