O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento no Plenário nessa segunda-feira (27), apontou o que, a seu ver, são “oito armações” que ocorreram nos cem dias do governo do Lula, que se completam nesta semana. Ao defender o senador Sérgio Moro (União-PR), Girão criticou o uso do termo “armação” pelo presidente em referência à tentativa de atentado, pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), ao senador pelo Paraná e sua família, além de outras autoridades.
— No dicionário, o significado da palavra “armação” está relacionado com o ato de construir, equipar e preparar, mas quando vamos ao mundo da gíria, que engloba também a linguagem popular, veremos que o termo é empregado para designar uma coisa simulada, algo falso — explicou.
Girão sustentou que o termo acaba servindo para resumir o que está acontecendo nestes cem dias de governo. São “medidas que apontam para o grande retrocesso e para um dos maiores estelionatos eleitorais da história recente do Brasil”.
Além de defender decisões da Operação Lava Jato, na época em que era conduzida por Moro, o senador listou as medidas que qualifica como “armações”. A primeira delas foi a revogação de portarias pelo Ministério da Saúde “que defendiam a vida desde a concepção e tinham como objetivo evitar o terrível crime do aborto”.
— Tais portarias estabeleciam que os serviços de saúde tinham obrigação de comunicar às autoridades policiais os casos de aborto decorrente de estupro e definir uma preservação de materiais que pudessem auxiliar na identificação do estuprador por exames genéticos — sustentou.
Outras medidas
A segunda “armação”, segundo ele, foi a desconstrução da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred), que, “nos últimos quatro anos, foi responsável pelo apoio a 700 comunidades terapêuticas, que representaram mais de cem mil atendimentos voltados ao tratamento de dependentes químicos”.
— Devemos contestar veementemente a recente declaração do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que defendeu abertamente o falso argumento de que a legalização das drogas irá diminuir a população carcerária no país.
Fonte: Agência Senado
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