A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das manifestações do dia 8 de janeiro, da Câmara Legislativa de Brasília-Distrito Federal, aprovou requerimento apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania) que determina a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Ana Priscila Azevedo, que já depôs à comissão e está presa por ser apontada como uma das organizadoras das depredações ocorridas durante a manifestação democrática. O pedido de quebra de sigilo se restringe ao período de 10/12/2022 a 10/1/2023.
Belmonte diz que o requerimento é importante pela frase que ela diz em vídeo. “Essa CPI vai saber quem é Ana Priscila, o que aconteceu e com quem ela estava falando [quando disse] logo na sequência de ‘acabou a quebradeira’, também diz ‘missão dada, missão cumprida’. Então, nós queremos saber com quem ela estava falando para que a gente possa entender quem são essas pessoas que realmente foram vândalos, e que essas pessoas têm que pagar para que a gente possa mostrar para a sociedade que o malfeito tem que ser pago, mas as pessoas que estavam se manifestando têm que ter liberdade de manifestação. Nossa democracia tem que ser preservada”, afirmou a distrital.
Vale registrar que o sigilo telefônico se refere a dados sobre as ligações efetuadas e recebidas. A quebra de sigilo telemático permite ao acesso ao conteúdo de mensagens de aplicativos tais como WhatsApp, Facebook ou mensagens eletrônicas de e-mails e de SMS.
Os membros da comissão aprovaram ainda o requerimento 205/2023 que pede a análise de todos os comentários registrados em vídeos do canal oficial da CLDF, contendo ataques à honra ou à dignidade dos membros da CPI. A análise deve ser feita pela equipe técnica da Casa, com posterior envio à Polícia Civil para verificação de possíveis crimes e as respectivas providências cabíveis.