Luciano Lima
O caso dos estudantes do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (UNISA) que chocou o Brasil com a divulgação de uma “masturbação coletiva” durante uma partida de vôlei feminino, em São Carlos, interior de São Paulo, é só um grão de areia em meio a tantos absurdos que vêm ajudando a degradar a educação brasileira, seja ela pública ou privada, e a família.
Infelizmente, o ambiente universitário não tem contribuído, como já o fez outrora, para a formação de cidadãos com personalidade forte. Hoje, temos uma juventude frágil, com um comportamento de manada irritante e desprezível e tomada por conceitos, comportamentos de padrões ideológicos rasos, onde o “vale tudo” é a regra do jogo. No atual quadro de desrespeito e do “tudo pode” não há mais autoridade a ser enfrentada e nem sociedade a ser respeitada.
Os universitários encontram hoje professores desmotivados ou contaminados por ideologias extremistas e por experimentalismos pedagógicos de resultados duvidosos. Na busca pelo fim do “autoritarismo” do mestre, acabamos com a autoridade, fundamental para a vida. E diante de um silêncio que grita, a UNISA, onde a mensalidade do curso de medicina custa mais de R$ 10 mil mensais, passa a impressão que o respeito e o conhecimento parecem apenas meras utopias.
Na ânsia de atender os jovens em tudo, tornamos o ambiente universitário, e até o ambiente familiar, permissivos. Estamos ensinando aos nossos jovens que o mundo se adaptaria a ele, e não o contrário. O mestre se tornou um mero detalhe. E os “filhinhos de papai”, que se acham a “nata” universitária, mostram toda a mediocridade da atual geração de jovens do Brasil.
Precisamos voltar a valorizar as pequenas coisas da vida. É preciso que a FAMÍLIA, o ESTADO e as demais instituições reassumam sua autoridade.
Os pais precisam entender que a obrigação de EDUCAR está na família e de ENSINAR na escola para que não passem a vergonha que os pais desses jovens universitários de São Paulo estão passando agora.
* jornalista, radialista e historiador
