Após a indicação do economista Gabriel Galípolo pelo Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Banco Central na quarta-feira (28), o mercado enfrentou mais um dia de tensões nessa quinta-feira (29), o dólar subiu pela quarta vez seguida e ultrapassou os R$ 5,60. A Bolsa de Valores (B3) caiu quase 1%.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,623, com alta de R$ 0,067 (+1,2%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos. Na máxima do dia, por volta das 11h30, chegou a R$ 5,66.
Apenas nas últimas quatro sessões, o dólar subiu 2,63%. A divisa acumula alta de 15,87% em 2024.
No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 136.041 pontos, com queda de 0,95%. Os investidores aproveitaram para realizar lucros, vendendo ações para embolsar ganhos.
O Produto Interno Bruto (PIB – soma das riquezas produzidas – cresceu 3% nos Estados Unidos no segundo trimestre, acima das expectativas. Os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada ficaram abaixo do previsto.
O aquecimento da atividade norte-americana estimula a alta nas taxas dos títulos do Tesouro do país, considerados os investimentos mais seguros do mundo. Isso estimula a migração de recursos de países emergentes para os Estados Unidos.
No Brasil, os investidores continuaram a reagir à indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para comandar a autoridade monetária a partir do próximo ano e às expectativas para a divulgação do projeto do Orçamento de 2025, previsto para ser enviado ao Congresso até sábado (31).