Renato Riella
Esta história de indicar o deputado federal Eduardo Bolsonaro para Embaixador do Brasil nos Estados Unidos provavelmente não dará em nada. Porém, lembro que, recentemente, tivemos situação muito mais grave – e ninguém chiou. Como se explica que os governos anteriores tenham nomeado o tucano Aloysio Nunes para Ministro das Relações Exteriores, com toda a pompa, mas sem nenhuma especialidade nessa área?
O nome de Eduardo Bolsonaro terá de ser aprovado pelo Senado e provavelmente será motivo de discussão no Supremo Tribunal Federal. Isso se o Presidente da República realmente decidir indicá-lo para Embaixador. A nomeação de Aloysio Nunes não precisou passar por ninguém. Ele foi senador pelo PSDB, mas tinha como currículo a experiência de terrorista, da época de Dilma Rousseff. Além do mais, está envolvido até o pescoço na Operação Lava-Jato e pode terminar a vida preso.
Sempre foi uma figura apagada, sem carisma, e compactuou com uma política externa bandida, que privilegiou ditaduras como Venezuela, Cuba, Angola, Nicarágua, Moçambique etc., dando prejuízos monstruosos ao Brasil. Por que o Itamarati não se rebelou contra o Chanceler Aloysio Nunes e nem contra a política de prestigiar ditaduras falidas?
Na verdade, o Brasil vive sufocado pela pressão da opinião pública de origem esquerdista, que só aborda os temas por um ângulo deformado, mas hoje temos Bolsonaro, um ser desafiante. Se encherem muito o saco, ele indica a Ministra Damares, em vez do filho Eduardo, e ela topa. Damares não tem medo do ridículo.
O atual governo vê o Senado boicotando dezenas de indicações feitas para embaixadas. Os nomes dos novos embaixadores simplesmente não são votados desde o início do ano.
Lembremos uma atitude criminosa do Congresso, que não bota em votação Medidas Provisórias importantes e estratégicas. Estas simplesmente caducam.
Isso é uma grande sabotagem e ficou claro na MP do Saneamento, vital para o Brasil, que morreu sem ser apreciada pelo plenário da Câmara Federal. Imperdoável!
Aliás, a própria Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi esquecida.
Só para registrar, a Constituição diz que o Congresso Nacional não pode ter recesso de meio de ano se não aprovar a LDO – com as mudanças que quiser fazer, admitidas pela Constituição. Sabem o que deputados e senadores vão fazer? Vão esquecer o compromisso e entrarão em recesso branco na próxima semana.
O que é recesso branco? Ora, recesso branco é não trabalhar. Esses parlamentares passarão as próximas semanas em casa ou na praia, como se estivessem em atividade.
Até a Reforma da Previdência, tão urgente e tão comemorada, foi transferida para agosto. Logo, a Bolsa caiu de 106 mil pontos para 104 mil pontos, e vocês querem discutir Eduardo Bolsonaro. Quanta falta de prioridade!