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quinta-feira, dezembro 12, 2024

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Frente parlamentar condena ataques da educação ao agronegócio

A reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se debruçou, na terça-feira (19), em tratar o setor agropecuário e a relação com a educação em todos os níveis no país. Isso porque, no próximo mês de janeiro, o Plano Nacional de Educação 2024-2034, terá as pautas definidas pelo Governo Federal, em uma mobilização que inclui o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e até a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Dentre os temas escolhidos para o combate do governo estão o homeschooling (ensino em casa), as escolas cívico-militares e o setor agropecuário. No que concerne ao agro, a atenção do atual governo está voltada, em especial, para o “De Olho no Material Escolar”. Criado em 2020 por pais de alunos que viam distorções acerca do setor nos livros didáticos.

Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), por mais que o assunto englobe outros temas, é fundamental que diferentes frentes temáticas consigam se unir para impedir as imposições do governo.

“Nós estamos envolvidos e vamos nos unir à outras frentes para o bem do Brasil. Não é porque se fala de outros temas além do agro, que não vamos nos posicionar. É nossa missão e vamos em frente contra as imposições ideológicas do governo em relação à educação do país”, afirmou Lupion.


De acordo com o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), se trata de “um material extremamente preocupante”. Segundo ele, deve haver esforço concentrado para adiar a conferência de janeiro. “Está sendo reproduzida uma questão ideológica descarada. Atacam o agro de forma baixa e afetam o futuro da sociedade de maneira absurda”, ressaltou.


O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) lembrou que o documento é mais profundo, pois deixa claro a necessidade de impor questões ideológicas contra o agro. Além de criminalizar conceitos sobre o setor. “É muito óbvio que eles querem colocar a opinião deles sobre o setor, enganar toda uma sociedade e prejudicar o que conquistamos durante todas essas décadas”, frisou.

De olho no material escolar

A idealizadora do material, Letícia Jacintho, conta que até a ideologia de gênero entrou nas discussões para traçar as diretrizes para o PNE 2024-2034. Em relação ao agro, o MST ficará encarregado de contribuir com questões relevantes, em detrimento de entidades que, de fato, se envolvem com o agro.

“Estão querendo envolver ideologia em todos os assuntos. A parte ambiental o MST tomou conta e o agro não está envolvido para falar da tecnologia e do profissionalismo que rege o setor. Estamos fazendo um trabalho próximo aos parlamentares e solicitamos audiência com ministro da Educação. É necessário trazer a parte da ciência e o critério técnico precisa ser inserido. O PNE está tratando o agro de forma pejorativa, sendo visto como vilão mais uma vez”, concluiu.

O Plano Nacional de Educação, de acordo com o site oficial, tem como objetivo universalizar a oferta da etapa obrigatória (de 04 a 17 anos), elevar o nível de escolaridade da população, elevar a taxa de alfabetização e melhorar a qualidade da educação básica e superior.

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