Num dia de imenso nervosismo no mercado financeiro, o dólar subiu para o maior valor em dois anos e meio. A bolsa de valores fechou estagnada, sustentada por ações de empresas exportadoras, beneficiadas pela alta da moeda norte-americana. No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. Após operar em baixa quase todo o dia, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.701 pontos.
A sessão foi marcada por turbulências no mercado interno. Em entrevista ao Portal UOL, o presidente Luiz Inácio disse que o plano de ajuste fiscal dará prioridade no aumento de arrecadação do que ao corte de gastos. A declaração foi mal recebida pelo mercado financeiro.
Outro fator que contribuiu para azedar as negociações foi a divulgação de que o déficit primário em maio atingiu R$ 61 bilhões. O resultado veio pior que as previsões do Prisma Fiscal, pesquisa do Ministério da Fazenda com instituições financeiras. Os analistas de mercado apostavam em resultado negativo de R$ 38,5 bilhões nas contas públicas.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira (26) vendido a R$ 5,519, com alta de R$ 0,065 (+1,2%). A cotação operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 16h, atingiu R$ 5,52.
Com o desempenho, a moeda norte-americana está no maior valor desde 18 de janeiro de 2022, quando tinha fechado em R$ 5,56. A divisa sobe 5,14% em junho e acumula alta de 13,72% em 2024.