Marcos Machado
‘Minha cara amiga, me perdoe, por favor, se eu não lhe faço uma visita, mas como agora apareceu um portador, mando notícias nessa carta-artigo’, diria aquele comunista que não abre mão do luxo fornecido pelo capitalismo. Ela vai especialmente para uma amiga minha que me disse que não vai votar no Bolsonaro, de novo, porque “ele não mostrou a que veio”. Ela tem razão, ele não mostrou, mas veio. Ele veio de um jeito como nunca antes na história deste país. Veio para governar, apesar de todas as manias, palavrões e grosserias. Afinal, ele veio para dirigir o país e não para fazer afagos aveludados em egos carentes, pois não foi eleito terapeuta, mas Presidente.
Nunca antes na história se fez tanto, em tão pouco tempo e com tão pouco dinheiro do povo brasileiro. É, simplesmente, o melhor governo que o Brasil já teve, e não tenho qualquer problema em dizer isto em público. Pessoalmente, não gosto dele, do estilo, mas…
Como avisava o Chacrinha (Abelardo Barbosa), quem não se comunica se estrumbica, e esse defeito estratégico pode minar, de certa forma, a performance de Bolsonaro na tentativa de reeleição. Por três anos e meio, e continuadamente, a imprensa canalha mentiu, aterrorizou, especulou, distorceu informações e dados a fim de denegrir a imagem pessoal e o governo, de forma irresponsável e vil. Maria Graham já havia alertado, na primeira metade do Século XIX, sobre a “vilania” brasileira, ela que fora vítima de intrigas do círculo do poder e da imprensa. É, a imprensa brasileira, tradicional e na maioria, é vil.
Minha cara amiga, o que você não viu? O que lhe deveria ter sido mostrado “a que veio”?
Bolsonaro foi eleito exatamente para governar, e isto foi feito com maestria, de forma tal que até me surpreendeu. Governo é para administrar o dinheiro do povo, o nosso dinheiro, aquele que a gente entrega para o fisco a fim de fazer o Estado funcionar. Deve conciliar os interesses da sociedade com as necessidades e a arrecadação.
Só na parte da infraestrutura de transporte, por exemplo, até o primeiro semestre, foram entregues 280 grandes obras. Isto implica em rodovias pavimentadas ou duplicadas, portos, aeroportos, ferrovias e pontes. Você sabia? A maioria do eleitorado sequer tomou conhecimento. Isto explica o fascínio da maior parte dos caminhoneiros, produtores do agronegócio e outros brasileiros diretamente beneficiados e que vivenciam essas mudanças espetaculares.
Outras obras abandonadas há anos, algumas há décadas, foram concluídas. São quase dez mil delas. Isto mesmo, mas você não vai ficar sabendo disso pela imprensa. Obras de saneamento básico por todo o país, mas essas, principalmente, você não vai ver, pois ficam enterradas e os políticos não gostam delas por isso.
Quer falar sobre o fim da indústria da seca? Está pensando na transposição do Rio São Francisco que rendeu desvios bilionários aos amigos do amigo do pai do Marcelo mesmo tendo, até o último governo petista, quase nada de execução? Tudo bem, foi a obra mais badalada, mas não é só. Milhares de poços artesianos foram perfurados em centenas de comunidades abandonadas pelo poder público, levando água a milhões de brasileiros que eram reféns dos coronéis do caminhão-pipa. Para tratar a água salobra, comum na região Nordeste, foram instaladas outras centenas de estações de dessalinização da água, você não sabia, então, a que veio, eu entendo.
Quer falar de economia? Já soube que as contas públicas estão positivas há vários meses, apesar de todo o empenho da imprensa, da oposição política, dos tribunais superiores em sabotar o país? Sabia que apesar de zerar ou reduzir vários impostos que assolavam o trabalhador e o empreendedor no Brasil, a arrecadação vem batendo recordes? Ninguém te contou…
Desemprego em queda livre, consumo das famílias em crescimento constante, deflação… Sabe o que é deflação? Sabia que o Brasil conseguiu se manter fora da crise mundial apesar do famigerado “fique em casa, economia a gente vê depois”? A nossa vizinha Argentina experimenta, atualmente, o que vivemos antes do Plano Real, com inflação acima de 70%, desabastecimento e descrédito generalizado nas instituições. Você se lembra?
Podemos conversar sobre os recordes de produção do agronegócio que garantiu o abastecimento no país durante a pandemia e vem sustentando o PIB, que superou todas as expectativas. Por causa disso, os sabotadores supremos tentam impedir o plantio da primavera, interferindo mais uma vez no que não lhes diz respeito, mas quem se importa, né?
Soube dos mais de cinco milhões de brasileiros de baixa renda que agora têm casa própria? Estou te contando em primeira mão? Nossa, quem não sai da bolha que o noticiário da tevê soprou limitando o acesso à informação (que é especulação) fica sem saber, mesmo. Eu entendo.
Bolsonaro pecou, sim, no princípio básico da política: não adianta fazer se ninguém ficar sabendo. A Comunicação do governo foi quase inexistente do ponto de vista de mostrar a que veio. Nem precisava gastar dinheiro público com propaganda, é detalhe no processo. As manifestações oficiais ficaram à mercê das crises criadas pelos sanguessugas do erário, ávidos por uma gota que fosse do dinheiro fácil que jorrava em outras épocas. Foi uma comunicação reativa, quase totalmente, e quando isto acontece o político fica a reboque das pautas negativas, e das crises criadas. Acredite, todas as crises foram inventadas, estão no imaginário, não se materializaram de fato. Para confirmar isto, basta analisar os dados estatísticos, coisa que nem jornalista vem fazendo, ultimamente. Eu, por vicio e ofício, faço sempre.
Bolsonaro não foi eleito para dizer mentiras agradáveis ou fazer projeções fantasiosas como é comum à esquerda. Mesmo não nutrindo qualquer simpatia pessoal por ele (aliás sou avesso), pude acompanhar dia a dia a que ele veio, e veio mesmo, pra valer.
Já sei, já sei! O problema foi a celeuma das máscaras, vacinas e lockdown, né? Mais uma manipulação criminosa de políticos, judiciário e imprensa a fim de sabotar o país. Você não percebeu, ainda, a que tudo isso veio? Eu, antes dele, me recusei à neurose das máscaras, e você se lembra, tenho certeza. Vacina experimental que nem fabricante, nem ninguém se responsabiliza por quaisquer efeitos ou danos? Será que é isso? Realmente, ele deveria ter falado menos, mas é o estilo. Fora toda a implicação legal em torno das compras e garantias individuais constitucionais. No entanto, em nome da histeria coletiva, a lei ficou em segundo plano, ou plano algum.
Bem, se eu for comentar aqui tudo desse governo, vai ficar um textão longo demais. Há muito ainda a “mostrar a que veio”, e sobre o que me dá certeza do voto certo desta vez. Confesso que em 2018 fiquei receoso, reticente, e acabei votando nele por causa do outro candidato. Agora, dou meu voto, sem gostar do candidato, mas entusiasmado com o governo dele. Se Deus quiser, teremos mais quatro anos de transformação no Brasil e, se isso acontecer, o flagelo da esquerda será sepultado, definitivamente.
Bolsonaro não gastou verba pra fazer autopromoção, que garante a popularidade, como o atual governador de Brasília, ou governador tatu, porque a única coisa que fez foi buraco, teve secretários presos por corrupção e nada mais fez pela cidade. Mesmo assim, é o favorito. Vá entender! Quem sabe à custa do quase R$ 1 bilhão em publicidade que torrou, do nosso dinheiro. É o que dizem as más línguas. Quem sabe se Bolsonaro tivesse feito a propaganda das realizações não precisasse entrar nessa guerra maniqueísta.
Vídeo propaganda, mas real
Os outros caras
(Besteirol e outras bobagens)
Ah! A Simone, até já tinha me esquecido… É aquela que denunciou a corrupção do que não foi comprado, ou seja, do negócio que não foi feito porque se detectou irregularidade na proposta enviada. Então, denunciou o quê? Foi ela, também, que se negou a querer investigar os desvios do dinheiro da pandemia por governadores, não é? Daquela história do “orçamento secreto” que ela quis jogar na conta do Presidente, apesar de ele não ter nada a ver com a coisa, e ainda ter vetado, sendo que o Congresso Nacional derrubou o veto dele com o voto dela… Confusa essa senhora. Logo, logo vai saudar o vento e estocar a mandioca… Ou seria o contrário? Hilário, se a questão não fosse tão séria. Como disse em outra hora, Simone é “boi de piranha” para tentar atrair os isentões, que na verdade são só desinformados influenciados pela imprensa.
Tem também o Ciro, carinhosamente chamado de “cangaciro ”, candidatus aeterna, que todo mundo já conhece e dispensa apresentação.
Nem precisamos falar daquele outro sujeito de nove dedos e língua presa, o Luiz, que o coro das ruas diz que o lugar dele é na prisão. Eu concordo.
Um abraço, e que o discernimento imparcial possa nos direcionar ao futuro que está em jogo.
PS: não se deixe envenenar pela vilania da imprensa. Como disse Juca Chaves, pagando, ela até diz a verdade.
Capítulo 2 – das redes
Em 2018, Bolsonaro deu um balão na imprensa convencional e nos marqueteiros oficiais fazendo campanha com apenas um telefone celular e as redes sociais. Ninguém estava preparado para combater a estratégia que pegou o mau-caráter do Mark Zuckerberg de surpresa. É, ele nunca prestou, e começou, em seguida, a criar mecanismos de filtro, bloqueio, punição a quem ousasse utilizar suas redes democraticamente. No meu caso específico, que utilizava muito o Facebook, tenho tantas suspensões e restrições sobrepostas que talvez volte a ter visualizações das minhas publicações na plataforma lá pra 2030.
As redes sociais já não funcionam mais como antes, não se tem o alcance de antes e, não fosse a incompetência gritante da oposição e da maldita esquerda, talvez Bolsonaro não tivesse em evidência positiva. Sim, contrariando as expectativas da mídia bandida, ele mantém boa performance no meio do povo. Algoritmos direcionam as participações dos usuários aos seus nichos específicos, cancelando a formação de opinião em massa. Aliás, cancelamento por opinião se tornou moda no tribunal de exceção das redes.
Como tudo o que é bom dura pouco, será necessário criar mecanismos alternativos de informação. Isto implica, inclusive, restabelecer o canal público que infligiu nada velada oposição ao governo.
Como disse o personagem Capitão Nascimento, em Tropa de Elite 2, o sistema é foda, entrega a mão pra salvar o braço, se reorganiza, articula novos interesses, cria lideranças, e o pior: custa caro, muito caro. Eu acrescentaria que o sistema cria mecanismos para a propagação de mentiras, também. Mas são mentiras “do bem”.
Marcos Machado é jornalista profissional, psicanalista, pesquisador, consultor de conjuntura, analista sensoriale, editor do portal www.doplenario.com.br