Marcos Machado
‘Minha cara amiga, me perdoe, por favor, se eu não lhe faço uma visita, mas como agora apareceu um portador, mando notícias nessa carta-artigo’, diria aquele comunista que não abre mão do luxo fornecido pelo capitalismo. Ela vai especialmente para uma amiga minha que me disse que não vai votar no Bolsonaro, de novo, porque “ele não mostrou a que veio”. Ela tem razão, ele não mostrou, mas veio. Ele veio de um jeito como nunca antes na história deste país. Veio para governar, apesar de todas as manias, palavrões e grosserias. Afinal, ele veio para dirigir o país e não para fazer afagos aveludados em egos carentes, pois não foi eleito terapeuta, mas Presidente.
Bolsonaro foi eleito exatamente para governar, e isto foi feito com maestria, de forma tal que até me surpreendeu. Governo é para administrar o dinheiro do povo, o nosso dinheiro, aquele que a gente entrega para o fisco a fim de fazer o Estado funcionar. Deve conciliar os interesses da sociedade com as necessidades e a arrecadação.
Desemprego em queda livre, consumo das famílias em crescimento constante, deflação… Sabe o que é deflação? Sabia que o Brasil conseguiu se manter fora da crise mundial apesar do famigerado “fique em casa, economia a gente vê depois”? A nossa vizinha Argentina experimenta, atualmente, o que vivemos antes do Plano Real, com inflação acima de 70%, desabastecimento e descrédito generalizado nas instituições. Você se lembra?
Bolsonaro não foi eleito para dizer mentiras agradáveis ou fazer projeções fantasiosas como é comum à esquerda. Mesmo não nutrindo qualquer simpatia pessoal por ele (aliás sou avesso), pude acompanhar dia a dia a que ele veio, e veio mesmo, pra valer.
Já sei, já sei! O problema foi a celeuma das máscaras, vacinas e lockdown, né? Mais uma manipulação criminosa de políticos, judiciário e imprensa a fim de sabotar o país. Você não percebeu, ainda, a que tudo isso veio? Eu, antes dele, me recusei à neurose das máscaras, e você se lembra, tenho certeza. Vacina experimental que nem fabricante, nem ninguém se responsabiliza por quaisquer efeitos ou danos? Será que é isso? Realmente, ele deveria ter falado menos, mas é o estilo. Fora toda a implicação legal em torno das compras e garantias individuais constitucionais. No entanto, em nome da histeria coletiva, a lei ficou em segundo plano, ou plano algum.
Bem, se eu for comentar aqui tudo desse governo, vai ficar um textão longo demais. Há muito ainda a “mostrar a que veio”, e sobre o que me dá certeza do voto certo desta vez. Confesso que em 2018 fiquei receoso, reticente, e acabei votando nele por causa do outro candidato. Agora, dou meu voto, sem gostar do candidato, mas entusiasmado com o governo dele. Se Deus quiser, teremos mais quatro anos de transformação no Brasil e, se isso acontecer, o flagelo da esquerda será sepultado, definitivamente.
Bolsonaro não gastou verba pra fazer autopromoção, que garante a popularidade, como o atual governador de Brasília, ou governador tatu, porque a única coisa que fez foi buraco, teve secretários presos por corrupção e nada mais fez pela cidade. Mesmo assim, é o favorito. Vá entender! Quem sabe à custa do quase R$ 1 bilhão em publicidade que torrou, do nosso dinheiro. É o que dizem as más línguas. Quem sabe se Bolsonaro tivesse feito a propaganda das realizações não precisasse entrar nessa guerra maniqueísta.
Vídeo propaganda, mas real
Os outros caras
(Besteirol e outras bobagens)
Ah! A Simone, até já tinha me esquecido… É aquela que denunciou a corrupção do que não foi comprado, ou seja, do negócio que não foi feito porque se detectou irregularidade na proposta enviada. Então, denunciou o quê? Foi ela, também, que se negou a querer investigar os desvios do dinheiro da pandemia por governadores, não é? Daquela história do “orçamento secreto” que ela quis jogar na conta do Presidente, apesar de ele não ter nada a ver com a coisa, e ainda ter vetado, sendo que o Congresso Nacional derrubou o veto dele com o voto dela… Confusa essa senhora. Logo, logo vai saudar o vento e estocar a mandioca… Ou seria o contrário? Hilário, se a questão não fosse tão séria. Como disse em outra hora, Simone é “boi de piranha” para tentar atrair os isentões, que na verdade são só desinformados influenciados pela imprensa.
Tem também o Ciro, carinhosamente chamado de “cangaciro ”, candidatus aeterna, que todo mundo já conhece e dispensa apresentação.
Nem precisamos falar daquele outro sujeito de nove dedos e língua presa, o Luiz, que o coro das ruas diz que o lugar dele é na prisão. Eu concordo.
Um abraço, e que o discernimento imparcial possa nos direcionar ao futuro que está em jogo.
PS: não se deixe envenenar pela vilania da imprensa. Como disse Juca Chaves, pagando, ela até diz a verdade.
Capítulo 2 – das redes
Em 2018, Bolsonaro deu um balão na imprensa convencional e nos marqueteiros oficiais fazendo campanha com apenas um telefone celular e as redes sociais. Ninguém estava preparado para combater a estratégia que pegou o mau-caráter do Mark Zuckerberg de surpresa. É, ele nunca prestou, e começou, em seguida, a criar mecanismos de filtro, bloqueio, punição a quem ousasse utilizar suas redes democraticamente. No meu caso específico, que utilizava muito o Facebook, tenho tantas suspensões e restrições sobrepostas que talvez volte a ter visualizações das minhas publicações na plataforma lá pra 2030.
As redes sociais já não funcionam mais como antes, não se tem o alcance de antes e, não fosse a incompetência gritante da oposição e da maldita esquerda, talvez Bolsonaro não tivesse em evidência positiva. Sim, contrariando as expectativas da mídia bandida, ele mantém boa performance no meio do povo. Algoritmos direcionam as participações dos usuários aos seus nichos específicos, cancelando a formação de opinião em massa. Aliás, cancelamento por opinião se tornou moda no tribunal de exceção das redes.
Como tudo o que é bom dura pouco, será necessário criar mecanismos alternativos de informação. Isto implica, inclusive, restabelecer o canal público que infligiu nada velada oposição ao governo.
Como disse o personagem Capitão Nascimento, em Tropa de Elite 2, o sistema é foda, entrega a mão pra salvar o braço, se reorganiza, articula novos interesses, cria lideranças, e o pior: custa caro, muito caro. Eu acrescentaria que o sistema cria mecanismos para a propagação de mentiras, também. Mas são mentiras “do bem”.
Marcos Machado é jornalista profissional, psicanalista, pesquisador, consultor de conjuntura, analista sensoriale, editor do portal www.doplenario.com.br