Os gastos de turistas estrangeiros no país somaram mais de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões no câmbio de hoje) de janeiro a julho deste ano, valor 84% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 1,5 bilhão). As informações foram divulgadas pelo Ministério do Turismo, com base em dados do Banco Central.
Somente em julho deste ano, foram US$ 389 milhões, 74% a mais do que em julho de 2021 (US$ 223 milhões). De acordo com o Ministério do Turismo, os dados apontam para a forte retomada do setor, que sofreu bastante com a pandemia de covid-19, a partir do segundo bimestre de 2020.
A expectativa do Ministério do Turismo é de que, até o fim do ano, 4,2 milhões de turistas estrangeiros visitem o Brasil. O ministro Carlos Brito disse que a retomada dos voos internacionais e o trabalho da Embratur, a agência brasileira de promoção do país no exterior, devem favorecer a chegada de turistas estrangeiros.
“A retomada dos voos internacionais agora vai aquecer a nossa economia, porque com o nosso trabalho, que estava sendo realizado no pré-pandemia, iríamos ultrapassar os sete milhões de turistas estrangeiros que vinham ao nosso país, mas fomos surpreendidos com a pandemia. Agora esperamos chegar no final do ano com mais de quatro milhões de turistas estrangeiros aqui no nosso país. Dessa forma, fortalecendo cada vez mais a economia”, disse o ministro.
Em 2019, último ano cheio antes da pandemia, foram 6,35 milhões de turistas estrangeiros no país. Em 2020, as medidas de isolamento social no Brasil e no mundo provocaram um grande baque no turismo internacional, a partir de março. Naquele ano, foram 1,8 milhão de turistas estrangeiros no país. Em 2021, esse número caiu para menos de 600 mil.
Neste ano, os turistas estrangeiros voltaram a superar um milhão ainda no primeiro semestre. “É muito importante que os estrangeiros venham ao nosso país. Dos estrangeiros que vêm ao nosso país, em torno de 93% querem voltar e 95% aprovam a nossa gastronomia. Temos que trazer os turistas estrangeiros ao nosso país, porque temos tudo o que eles procuram ou muito mais do que eles imaginam”, disse Brito.