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quinta-feira, dezembro 12, 2024

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São Paulo lidera exportações do agronegócio

Nos dois primeiros meses do ano, o setor agropecuário de São Paulo apresentou um desempenho notável, revelando a robustez do agronegócio no Estado. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, as exportações cresceram 30,9% atingindo a marca de US$ 4,32 bilhões, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, o constante saldo positivo do agronegócio reitera a importância do setor para o Estado de São Paulo e para o Brasil. “Temos um Estado com uma produção diversificada que é muito competitivo no cenário nacional e internacional. Neste mês, estamos na liderança como principal exportador do País. Esse é um trabalho de agricultores paulistas nos quatro cantos do Estado”.

Destaca-se que o agronegócio paulista desempenhou um papel crucial na economia do estado, contribuindo com 43,3% das exportações totais e 7,9% das importações setoriais durante o mesmo período.

Esses números foram revelados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio dos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), Carlos Nabil Ghobril, José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira.

Grupos de Produtos

No primeiro bimestre de 2024, os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram:

●     Complexo sucroalcooleiro, com participação de 42,6% das exportações paulistas – destaque para o açúcar, representando 93,6% do total exportado.

●     Setor de carnes, com participação de 11,5% nas exportações paulistas – destaque para carne bovina como principal produto, respondendo por 84,8% das exportações do grupo.

●     Produtos florestais, com participação de 10,6% nas exportações paulistas – destaque para a celulose e papel como principais produtos, totalizando 51,8% e 40,9% das exportações, respectivamente.

●     Grupo de sucos, com participação de 8,5% nas exportações paulistas – com destaque para o suco de laranja o principal item exportado, com 97,1% do total.

●     Grupo de café, com participação de 4,4% nas exportações paulistas – com destaque para o café verde e café solúvel, representando 74,6% e 23,4% das exportações, respectivamente.

Esses cinco grupos somaram 77,6% das vendas externas do agronegócio paulista.

Apesar do destaque dos principais grupos, vale mencionar que o grupo do complexo soja, que ocupava a segunda posição em 2023, ficou na sexta posição, com previsão de aumento nas exportações nos próximos meses devido à intensificação da colheita da safra de 2023/24.

Participação no Brasil

A contribuição do agronegócio de São Paulo para a economia do estado continua evidente, sustentando o crescimento econômico e consolidando a posição de São Paulo no mercado global. Com previsões favoráveis para os próximos meses, esse setor promete manter sua importância na geração de receita e no desenvolvimento regional.

No primeiro bimestre de 2024, as exportações setoriais de São Paulo representaram 18,6% do total nacional do agronegócio, um aumento de 2,0 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. As importações, por outro lado, permaneceram estáveis, representando 28,8% do total.

São Paulo lidera entre os principais estados exportadores, com uma participação de 18,6%, seguido por Mato Grosso (17,0%), Paraná (12,2%), Minas Gerais (9,1%) e Rio Grande do Sul (8,5%). Juntos, esses cinco estados representam 65,4% das exportações totais do agronegócio brasileiro nos primeiros dois meses de 2024.

A presença do agronegócio paulista no contexto nacional foi marcante nos primeiros meses de 2024, especialmente nos seguintes grupos de produtos, onde sua participação em valor ultrapassou 50% do total nacional: sucos (79,1%), produtos alimentícios diversos (74,8%), outros produtos de origem vegetal (64,8%) e complexo sucroalcooleiro (52,4%).

Balança comercial

A balança comercial brasileira registrou desempenho robusto, com um superávit de US$11,95 bilhões. Esse resultado é fruto de um aumento significativo de 145,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o superávit atingiu US$4,86 bilhões.

As exportações brasileiras totalizaram US$50,51 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$38,18 bilhões nos dois primeiros meses deste ano. Esse desempenho ressalta a resiliência e a competitividade do comércio exterior do Brasil, apesar dos desafios globais enfrentados.

Em uma análise setorial, o agronegócio brasileiro desempenhou um papel fundamental nesse cenário positivo. As exportações do setor apresentaram um crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$23,28 bilhões, representando 46,1% do total nacional. Por outro lado, as importações aumentaram em 8,3%, totalizando US$3,12 bilhões.

O saldo da balança comercial dos agronegócios registrou um superávit de US$20,16 bilhões no acumulado até fevereiro de 2024, um aumento de 18,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Esse desempenho ressalta a importância estratégica do setor agrícola para a economia brasileira.

É importante entender que, sem o desempenho sólido do agronegócio, o comércio exterior brasileiro teria apresentado um déficit, considerando que os demais setores da economia contribuíram com exportações de US$27,23 bilhões e importações de US$35,44 bilhões, resultando em um déficit de US$8,21 bilhões no primeiro bimestre de 2024.

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