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sexta-feira, novembro 1, 2024

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Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

Ray Cunha

A teoria da sopa primordial, do biólogo e bioquímico russo Alexander Oparin, em 1924, reza que o homem se originou de uma composição inanimada produzida pela natureza há cerca de quatro bilhões de anos. Os gregos antigos já haviam pensado nisso – a teoria da geração espontânea. Disse Aristóteles, no século IV a.C.: “Assim com os animais, alguns provêm de animais progenitores de acordo com a sua espécie, enquanto outros crescem espontaneamente e não a partir de uma linhagem afim; e desses exemplos de geração espontânea alguns vêm da putrefação da terra ou da matéria vegetal, como é o caso de vários insetos, enquanto outros são gerados espontaneamente no interior dos animais a partir das secreções de seus vários órgãos”.

Já criaram em laboratório as condições imaginadas da sopa primordial, mas dela não surgiu vida alguma.

O naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck acreditava que a primeira forma de vida começou a partir de materiais sem vida: “A natureza, por meio de calor, luz, eletricidade e umidade forma a geração direta ou espontânea naquela extremidade de cada reino de corpos vivos, onde os mais simples desses corpos são encontrados” – escreveu, em 1809. Porém, em 1668, o médico italiano Francesco Redi já tinha demonstrado que larvas podem se desenvolver em carne podre em uma jarra na qual moscas podiam entrar, mas não em uma jarra fechada, e concluiu: “Toda vida vem da vida”.

Em 1862, o zoólogo alemão Ernst Haeckel criticou Charles Darwin por não explicar a origem da vida no seu livro A Origem das Espécies, de 1859: “O principal defeito da teoria darwiniana é que ela não esclarece a origem do organismo primitivo – provavelmente uma célula simples –, da qual todos os outros descenderam. Quando Darwin assume um ato criativo especial para esta primeira espécie ele não é consistente e, eu acho, não muito sincero”.

A vida, no senso comum, nasce, cresce, se adapta ao ambiente, sofre metabolismo, responde a estímulos, evolui, reproduz e morre. Teria surgido na Terra há 4.280 milhões de anos, após a formação do grande oceano. A própria Terra é um organismo vivo, mas a filosofia descobriu que a vida não é apenas biológica, uma substância que se reproduz, mas um processo muito complexo.

O filósofo francês René Descartes (1596-1650) sustentava, no século XVII, que tanto humanos quanto animais são montagens de partes que juntas funcionam como uma máquina. Para o astrofísico e médium brasileiro Laércio Fonseca, os corpos biológicos e a biosfera foram projetados por engenheiros espirituais; os corpos dos humanos são androides replicantes. Em 460 a.C., o grego Demócrito já dizia que a característica essencial da vida é a alma, ou espírito, psique para os cientistas. Ele explicou que a alma é, também, de átomos. Laércio Fonseca confirma: “O espírito é matéria, mas em estado quântico diferente da matéria condensada” – disse, citando as cidades astrais, localizadas a 400 quilômetros da superfície da Terra e invisíveis, como o Nosso Lar de André Luiz.

A teoria do Big Bang reza que o Universo surgiu há 13,8 bilhões de anos, mas o que havia antes do Big Bang? O espaço? Como o Universo surgiu? Até agora, os cientistas só apresentaram equações. O Big Bang e a sopa primordial estão mais para, digamos, uma “mitologia científica” do que para a realidade.

Em 25 de dezembro de 2021, um consórcio entre Estados Unidos, União Europeia e Canadá lançou, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o mais moderno telescópio do planeta, o James Webb, que custou dez bilhões de dólares. Ele tem capacidade de observar os limites do cosmos conhecido. Os cientistas calculam que o Universo observável tenha dois trilhões de galáxias e diâmetro de 93 bilhões de anos-luz. Aí, pergunta-se: só a Terra tem vida inteligente? Se assim for, o Universo é um desperdício. Afinal, quem controla tudo isso?

Resposta unânime: Deus. Mas quem é Deus? Um conceito. Os humanos criaram, ou conceituam, Deus, à sua imagem e semelhança. Pode ser um Deus imperador, um Deus de amor. Há quem o torne humano, chamando-o de Jesus Cristo. Para os comunistas, Deus é o grande inimigo. Contudo, se não sabemos quem somos nós, como vamos saber quem é Deus? Os espiritualistas O veem como espírito, infinito e eterno, criador e preservador do Universo, e do qual nasceram os espíritos de todas as raças do Universo.

Médiuns, como o próprio Jesus Cristo, batem o martelo desde sempre: somos espíritos. Se Deus é espírito, sempre houve espírito. Logo, quando a Terra ficou pronta para a existência de corpos humanos, espíritos vieram de outros orbes para uma experiência na matéria, na Terra. Assim, somos todos ETs. Quando encarnamos, esquecemos nossa memória espiritual. A escola, a sociedade, nos educa para termos medo de alienígena. Se alienígenas quisessem exterminar os humanos, com a tecnologia que têm já teriam desviado a rota de um meteoro e o direcionado a nós. Segundo o médium francês Allan Kardec, o Universo abriga inúmeras raças. Aliás, é muita petulância acreditar que os humanos são os donos do Universo. A Igreja Católica ajudou muito nessa crença.

Os humanos vivem atrás de planetas com vidas inteligentes. Com nossa tecnologia não vão achar nunca. Os ETs são espíritos superiores, que contam com tecnologia com a qual nem sonhamos. Laércio Fonseca afirma que as levas de espíritos que encarnam na Terra chegam a bordo de naves gigantescas de outros orbes, mas em outro estado da matéria. O plano em que vivemos é cármico, de provação, no qual experimentamos o prazer e a dor. É por isso que nenhum caça consegue abater uma nave espacial, que utiliza tecnologia quântica.

Creio que o homem vem de Deus, que Deus é o que Einstein chamou de campo, o próprio Universo, uma consciência. Que o plano denso da matéria abriga espíritos ignorantes, que evoluem e ascendem para outros planos, e que nossa inteligência, intelecto, é muito, muito limitada para definir Deus. Temos que ter uma profissão e ganhar dinheiro para pagar as contas, mas precisamos, fundamentalmente, viajar para dentro de nós mesmos. Só dessa maneira descobriremos quem somos e poderemos, então, viajar pelas estrelas. Em velocidade quântica.

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