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quinta-feira, outubro 31, 2024

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O medo à liberdade

Luziana Navarro
O homem (indivíduo) faz uso do seu livre arbítrio para optar ao que se aprisionar. A pressão da vida e o do meio em que se vive o leva a buscar válvulas de escape à genuína e inevitável sensação de desamparo e de impotência de controle dos fatos; o leva a se agarrar a algo.
Ele faz uso da liberdade para se prender a situações, pessoas, ideologias, vícios, paixões, manias, fantasias, elucubrações, hábitos. Essa fuga à realidade, ao peso insuportável da realidade; se dá por meio da entrega da própria liberdade em troca de suposta e ilusória segurança de fazer parte de algo, apensar-se ao outro, conectar-se a alguma coisa, anexar-se.
Assim, a liberdade vem a ser um conceito apenas. Uma utopia, um engodo, um simulacro. Nenhum  indivíduo é livre. Ele é livre para escolher seu cárcere e para trocar de algoz.
A liberdade seria insustentável e insuportável ao homem. O homem desatrelado, física ou psiquicamente, do convívio social e das regras advindas dessa necessária “caótica organização” vem a ser o que a ciência da medicina nomenclatura como psicótico, louco.
Inevitável remeter o tema ao conceito de Contrato Social, de Rousseau; ao Medo à Liberdade, de Erich Fromm; à Negação da Morte, de Ernest Backer… dentre outras ideias e teses… conceitos…
[Arte: obra: Pere Borrel del Caso]a

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