O senador Sergio Moro (União-PR) destacou ter participado, neste final de semana, de reunião do Grupo Liberdade e Democracia, formado por ex-presidentes latino-americanos de direita e centro-direita. Entre os presentes, de acordo com o senador, estiveram Felipe Calderón, do México; Iván Duque, da Colômbia; Mauricio Macri, da Argentina; Sebastián Piñera, do Chile; Tuto Quiroga, da Bolívia; e Miguel Ángel, da Costa Rica.
O encontro foi realizado em Buenos Aires, na Argentina, e também contou com a presença dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Tereza Cristina (PP-MS), além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Em pronunciamento nesta segunda-feira (25), Moro ressaltou a participação de pessoas perseguidas politicamente ou de seus representantes. O parlamentar afirmou ter conhecido políticos como Jeanine Áñez, ex-presidente interina da Bolívia; e Fernando Camacho, filho do governador da província de Santa Cruz, na Bolívia; além de Rosa Maria Payá, filha de Oswaldo Payá, “um dos mais famosos dissidentes da ditadura de Cuba”.
— O exemplo dessas pessoas é inspirador, e eu quero trazê-las […] para falar perante o Senado brasileiro, para que nós joguemos uma luz e para que nós possamos deixar claro que nós repudiamos tiranos, que nós não damos as mãos para ditadores, que o Brasil, nessa política internacional que nos aproxima de autocracias, que nos aproxima de assassinos, não está com eles, que existe um Senado independente e que a maioria da população não tolera esse tipo de comportamento.
CNJ
Moro também criticou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determinou a abertura de uma investigação sobre sua conduta durante a Operação Lava Jato. Segundo o parlamentar, o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, não tem atribuição para tratar do tema.
— Se não fosse surreal o suficiente, quando a gente vai ver o objeto da investigação, é porque, graças ao meu trabalho na Operação Lava Jato, nós devolvemos mais de R$ 2 bilhões à Petrobras — só de dinheiro que entrou em contas judiciais da 13ª Vara e foi repassado para a Petrobras. Mas, os valores que a Petrobras recebeu foram muito maiores, ultrapassam R$ 6 bilhões. Só que ela recebeu diretamente, por ações lá na 13ª, por outras ações de outros locais, inclusive por acordos de colaboração e leniência. Agora, deve ser um fato inédito no mundo um juiz ser investigado porque cumpriu a sua missão e devolveu o dinheiro que tirou dos bandidos, devolveu à vítima.
Fonte: Agência Senado