O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou, na quarta-feira (6), da 34ª Feira Nacional de Artesanato, no Expominas, em Belo Horizonte. O evento, que será realizado até este domingo (10), espera atrair cerca de 170 mil pessoas e movimentar R$ 60 milhões.
Durante uma hora, o governador percorreu estandes, conversou com expositores e provou iguarias e tira-gostos. Romeu Zema ainda destacou a importância do setor para a economia do estado.
“Essa feira é extremamente importante, porque valoriza o artesão. Cada região tem seu dom artístico, estilo e artesanato próprio. Além disso, dá a oportunidade de os comerciantes mostrarem seus produtos para um público tão vasto, de Minas e do Brasil”, enfatizou.
Para este ano, o tema da feira é “Arte Naif”, onde os artistas trabalham de forma natural, sem a obrigação de técnicas elaboradas. Foram instalados 3,5 mil expositores em 674 estandes, ocupando uma área de oito mil metros quadrados.
O artesão Sebastião Campos, de 82 anos, conta que começou a produzir peças em artesanato de madeira em 2010.
“A feira ajuda a compor a renda em casa. Com a pandemia, passamos por algumas dificuldades. Espero vender muitas peças. No ano passado, vendi quase todo meu estoque. Aqui, estou realizado. É como se fosse uma terapia para ocupar o tempo e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro”, disse empolgado.
Segundo uma pesquisa do Sebrae Nacional, o artesanato brasileiro é responsável pela movimentação de R$ 100 bilhões por ano, o que representa 3% do PIB. A feira promete gerar aproximadamente três mil empregos diretos para artesãos, dois mil empregos diretos para prestadores de serviço e uma média de 15 mil postos de trabalhos indiretos.
Estandes do Governo de Minas
Desde 2003, o Governo de Minas participa da maior feira de artesanato da América Latina com estandes exclusivos para a comercialização e valorização dos produtos artesanais mineiros.
Para este ano, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) terá um espaço destinado a 150 artesãos de 68 municípios.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, reforça que a feira é uma oportunidade de mostrar para o mundo toda a riqueza da cultura produzida pelos mineiros.
“A Feira Nacional de Artesanato é uma ocasião perfeita para levar a arte mineira para todo o Brasil e outras partes do mundo, evidenciando a beleza e riqueza da cultura e das tradições do nosso estado. Além disso, é uma oportunidade excelente para todos os artesãos, na medida em que é um evento de grande porte, com inúmeras possibilidades para além da venda dos produtos, contribuindo para movimentar um segmento tradicional em Minas e impulsionando a criação de emprego e renda para a população”, avalia Fernando Passalio.
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) terá um estande para promover os destinos turísticos do estado e o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) também terá um espaço destinado a artesãos da sua região de abrangência.
Artesanato em Minas
O artesanato no estado é bem expressivo e rico em diversidade e qualidade. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que há, pelo menos, 350 mil artesãos em todo o estado.
Cada região se destaca por uma prática diferente. No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, o carro-chefe é a arte cerâmica, que tem reconhecimento internacional.
No Norte de Minas se destaca o artesanato em madeira, principalmente nos municípios banhados pelo Rio São Francisco, com a presença das carrancas. O Campo das Vertentes, além de ser um circuito turístico, é conhecido pelo artesanato voltado para o ferro forjado e madeira.
No Sul de Minas, a identidade do artesanato se concentra nas fibras naturais, que são encontradas no artesanato decorativo. Já a região Central do estado sofreu influência de Ouro Preto, onde se caracteriza pelo artesanato em pedra sabão. No Noroeste do estado, o principal produto é a tecelagem.