As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet caiu 16,7% em relação a janeiro e 16,1% em relação a fevereiro do ano passado divulgou, nesta quarta-feira (27), o Tesouro Nacional. O mês passado foi marcado por instabilidades no mercado financeiro após declarações desastrosas e ingerências indevidas do presidente da República, além do aumento da desconfiança com a situação política no País, o que reduziu o interesse dos investidores. Os títulos mais procurados pelos investidores em fevereiro foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 64,8%. Os títulos vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) corresponderam a 22,4%, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 8,8%.
Destinados ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 2,9% das vendas. Criado em agosto do ano passado, o novo título Tesouro Educa+, que pretende financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,1% das vendas.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 131,459 bilhões no fim de fevereiro,
Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos de até cinco anos representam 30,9% do total. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 52,8%. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 16,3% das vendas.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.