Ray Cunha
A Amazônia, cobiçada por todas as potências hegemônicas do planeta, foi conquistada a ferro, fogo, escravidão, doenças mortais e a Igreja, pelos colonos portugueses, e legada aos brasileiros. Todas as potências hegemônicas a ambicionam e se os brasileiros não a ocuparem de fato e a desenvolverem ela será, inevitavelmente, tomada.
A Amazônia é um subcontinente. A maior província de biodiversidade, aquífera e mineral do planeta. Um patrimônio tropical que faz do Brasil a nação potencialmente mais rica da Terra.
As potências hegemônicas não pretendem invadir a Amazônia com exércitos, nem bombardeá-la com napalm, ou bomba atômica. Os exércitos estrangeiros seriam dizimados pelas fileiras de índios das Forças Armadas brasileiras, por insetos e répteis, e jogar napalm na floresta parece guerra com bomba atômica: seria terra arrasada, literalmente.
As potências hegemônicas pilham a Amazônia de modo sutil. Por meio de grandes projetos e Ongs. Assim, levam sementes, diamante, esmeralda, ouro, commodities minerais, madeira, água, peixes, crianças, mulheres, tudo o que podem.
Os comunistas, desde a Revolução Russa de 1917, passando por Fidel Castro, Lula e o Foro de São Paulo, querem tornar a América do Sul a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do Trópico e a Amazônia está reservada para ser a cereja do bolo. Só não combinaram com os Estados Unidos.
Todo o mundo já ouviu falar da Amazônia, mas pouquíssimos a conhecem de fato. Assim, criaram-se mitos sobre a Hileia, que ela é o pulmão do mundo, que é um gigantesco aparelho de ar-condicionado, que não se devem abrir estradas nela, que os índios devem continuar na Idade da Pedra, que ela é povoada por girafas, e outras idiotices.
Como disse, poucos conhecem a Amazônia. Seus maiores conhecedores estão no Exército brasileiro. A Biblioteca do Exército tem inúmeros títulos sobre o Trópico Úmido. Conheço-a também. Nasci em Macapá/AP, cidade banhada pela margem esquerda do Canal do Norte do Rio Amazonas, na confluência com a Linha Imaginária do Equador, onde fica o maior forte colonial construído pelos portugueses: a Fortaleza de São José de Macapá.
De 1975 até 1987 e, depois, de 1995 até 1997, uma década e meia, trabalhei nos maiores jornais da região, viajando amplamente, do Pará ao Acre. Também leio e pesquiso ensaios científicos sobre a Hileia, bem como a literatura ficcional caboca. Como escritor, alguns dos meus romances e contos têm como geografia a grande floresta e suas metrópoles.
O livro no qual fui mais fundo sobre a Amazônia é o romance ensaístico JAMBU. A trama é a seguinte: durante Festival de Gastronomia do Pará e Amapá o editor da revista Trópico Úmido, João do Bailique, trabalha em uma edição especial sobre a Questão Amazônia e investiga o tráfico de crianças para escravidão sexual e grude de gurijuba.
Em segundo plano, a Amazônia é desnudada, e, assim, nua, é examinada em todas as suas reentrâncias anatômicas, e sua alma dissecada. JAMBU é uma holografia da Amazônia.
Se você quer conhecer a Amazônia, ou tem um amigo, uma amiga, que manifeste o desejo de conhecer a Amazônia, dê-lhe, neste Natal, um exemplar de JAMBU. Ainda há tempo de fazer o pedido no Clube de Autores, na Uiclap ou na amazon.com.br.