O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 38,9 bilhões em abril, informou o Banco Central. Nos últimos 12 meses, as contas públicas apresentam resultado positivo de R$ 137,4 bilhões, o equivalente a 1,52% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país).
O setor público consolidado é composto por governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), estados, municípios e empresas estatais (exceto Petrobras, Eletrobras e bancos públicos).
O governo central apresentou superávit R$ 29,638 bilhões em abril, enquanto o resultado dos governos regionais no mês foi positivo em R$ 10,278 bilhões, segundo o relatório de estatísticas fiscais do BC.
Nos quatro primeiros meses do ano, o superávit primário acumulado é de R$ 148,493 bilhões. No mesmo período de 2021, o superávit se encontrava em R$ 75,841 bilhões.
O resultado primário é aquele que contabiliza receitas e gastos do setor público, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. Caso os juros sejam incluídos na conta, o chamado resultado nominal, em abril foi registrado um déficit de R$ 41,024 bilhões.
A cifra é resultado da diferença entre o superávit primário e o dinheiro gasto com o pagamento de juros pelo setor público em abril, que chegou a R$ 79,900 bilhões.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, o déficit nominal encontrava-se em R$ 352,042 bilhões, ou o equivalente a 3,9% do PIB, uma alta de 0,75 ponto percentual em relação ao registrado em março.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público atingiu 57,9% do PIB em abril (R$ 5,2 trilhões). O resultado ficou 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior. Segundo o BC, houve ganhos com a desvalorização cambial e do crescimento do PIB nominal.
A dívida bruta do governo geral (que inclui todos os débitos do governo federal, da Previdência e governos estaduais e municipais) atingiu o patamar de 78,3% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em abril.