O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (1º), que não vai à posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, marcada para 10 de dezembro, em Buenos Aires. Fernández venceu as eleições pela coalizão de esquerda Frente de Todos e sua vice é a senadora Cristina Kirchner, ex-presidente do país. Bolsonaro é crítico do kirchnerismo e apoiou a reeleição do presidente Maurício Macri.
“Torci pelo outro [por Macri], mas vamos em frente, da minha parte não tem qualquer retaliação. Espero que eles [Fernández e Cristina] continuem fazendo política conosco semelhante ao que o Macri fez até agora”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta manhã. O presidente não informou, entretanto, se deve indicar alguma autoridade para representar o Brasil, como o vice-presidente Hamilton Mourão ou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Fernández participou do governo de Néstor Kirchner (marido de Cristina, já falecido), entre 2003 e 2007, como chefe do Gabinete de Ministros, e continuou no primeiro governo de Cristina Kirchner. No ano seguinte, em 2008, Fernández renunciou em meio a uma crise e se tornou crítico do governo de Cristina. No ano passado, houve uma reaproximação entre os dois, e Alberto, então, tornou-se candidato à Presidência, convidado por Cristina para compor a chapa.
Visita
Sem compromissos oficiais agendados, Bolsonaro deixou a residência oficial nesta sexta-feira para visitar a menina Alícia Alves Silva, de dez anos, que mora em Ceilândia, bairro a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília. Aos dois anos, ela fez um transplante de coração e recebeu o órgão com a ajuda do transporte da Força Aérea Brasileira (FAB).
“É uma criança que teve oportunidade de uma segunda vida, ela ganhou um coração há poucos anos. Assim como eu tive direito a uma segunda vida. E seu coração foi transportado nas asas da Força Aérea. A conheci no Dia do Aviador e fui convidado para o seu aniversário, vim cumprimentá-la”, disse o presidente antes de entrar na residência de Alícia. “É bastante alegre, simpática e esbanjando vida”, destacou.
O presidente chegou a Ceilândia por volta das 10h, ficou cerca de uma hora e depois foi para o Palácio do Planalto.