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quinta-feira, outubro 31, 2024

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Aumenta o número de casos de sífilis em Brasília

A campanha do Outubro Verde reforça a conscientização sobre a sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser evitada com o uso de preservativo. Dados do informativo epidemiológico publicado neste mês pela Secretaria de Saúde de Brasília-Distrito Federal (SES-DF) revelam um aumento de casos nos últimos anos.

De 2019 a 2023, mais de 12 mil ocorrências de sífilis adquirida foram identificadas em Brasília. Ao longo desses quatro anos, 19 óbitos em menores de um ano de idade foram registrados como consequência da sífilis congênita. Apenas em 2022 e 2023, houve um crescimento de 61,3% no número de casos da doença.

A enfermeira técnica da Gerência de Vigilância de IST da SES-DF, Daniela Magalhães, destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “O aumento dos casos está diretamente relacionado ao uso insuficiente de preservativos. Por isso, é essencial que pessoas sexualmente ativas utilizem preservativos regularmente e realizem testes para ISTs ao menos uma vez por ano ou sempre após situações de risco”, orienta.

Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado nesse sábado (19), a SES-DF reforça que a rede pública oferece atendimento contínuo para prevenção e diagnóstico da doença. Entre as ações permanentes estão a distribuição de preservativos e a realização de testes rápidos, com resultados em até 30 minutos. Esses serviços são disponibilizados em todas as 176 unidades básicas de saúde (UBSs), no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na W3 Sul, e na Unidade de Testagem e Aconselhamento (Utai), localizada no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto.

Pessoas sexualmente ativas devem utilizar preservativos e realizar testes para ISTs periodicamente | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Sobre a doença

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relações sexuais ou contato direto com lesões. A infecção pode ser adquirida ou congênita, caso em que a mãe com sífilis (não tratada ou tratada de forma inadequada) transmite a bactéria para o feto durante a gestação ou parto.

“É fundamental realizar os testes na primeira consulta do pré-natal, além de repeti-los nas consultas trimestrais e no momento do parto. Assim, caso haja infecção, a gestante poderá ser tratada adequadamente e evitar a transmissão para o bebê”, explica Magalhães.

A maioria das pessoas infectadas são assintomáticas e os sinais que podem se manifestar muitas vezes não são percebidos. Quando presentes, os principais sintomas incluem úlceras ou lesões genitais, que também podem aparecer em áreas como pele, lábios e língua. Outros sintomas são manchas no corpo – principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés –, febre, mal-estar, cefaleia e ínguas.

A sífilis tem cura e o tratamento é feito com medicamentos fornecidos pela rede da SES-DF. Mais informações sobre a sífilis podem ser encontradas no site da pasta.

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