O município de Catuti, no Norte de Minas, é o mais novo beneficiado do Programa Água Doce (PAD). Na terça-feira (26), o Governo de Minas deu início à operação do 23º sistema de dessalinização público de água entregue pelo PAD na região. A obra irá beneficiar 55 famílias na comunidade rural de Vista Alegre. Até o fim do ano, 26 municípios das regiões Norte e Vale do Jequitinhonha irão contar com 69 sistemas de purificação semelhantes, levando água potável a 28 mil pessoas no semiárido mineiro.
O sistema instalado em Vista Alegre produz até 14 mil litros/dia de água limpa e própria para o consumo humano. Com a implantação da tecnologia, é possível revitalizar os poços tubulares existentes, elevando desta forma o acesso à água potável de qualidade e a melhoria de vida da população local.
Para o prefeito de Catuti, Delermando França, o avanço das obras é uma importante conquista para a comunidade. “Trata-se de um programa que estava paralisado desde 2012 e, desde 2020, voltou a ser realidade no semiárido mineiro. Isso demonstra a sintonia entre Estado e municípios”, disse.
Em Minas, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por meio da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco, ressalta a importância de ampliar o acesso à água potável nas comunidades rurais de Minas Gerais. “Por meio do programa Água Doce é possível estabelecer uma política permanente de acesso à água, garantindo a melhoria da qualidade de vida da população, principalmente no semiárido mineiro, região do estado de Minas Gerais que possui baixos índices de disponibilidade hídrica”, disse.
De acordo com o coordenador estadual do PAD e capitão da PM, José Ocimar de Andrade, o programa terá continuidade no próximo ano. “Nossa perspectiva agora é avançar para uma segunda fase do programa, com a implantação de mais 30 sistemas de dessalinização na região”.
PAD
O Programa Àgua Doce (PAD) visa a adoção de tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro, tendo em vista que cerca de 70% dos poços da região apresentam águas salobras ou salinas, e as águas subterrâneas, muitas vezes, são a única fonte disponível para as comunidades.
Para execução do programa em Minas, o Estado firmou convênio com a união em 2012, mas somente em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro, o programa saiu do papel. O PAD conta com investimento no valor de R$ 25.354.231,27 sendo R$ 15.449.809,80 provenientes do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), e R$ 9.904.421,47 disponibilizados pelo Governo de Minas.
No fim do ano de 2021 foi aprovado o aumento do valor de contrapartida do Estado, passando de R$ 1.544.980,97 para R$ 9.904.421,47, além de R$ 4.473.014,56 referentes aos rendimentos bancários pelo tempo em que o investimento ficou parado; garantindo a execução das obras.
Na avaliação do vice-governador de Minas, Mateus Simões, o saneamento das contas públicas, promovido pela atual gestão do Estado foi essencial para a inclusão de 30 novas comunidades à meta original do programa. “Com isso, iremos beneficiar mais 16 mil pessoas no estado”, lembrou.
