As tradicionais festas juninas se tornaram, definitivamente, indutoras de viagens em todo o Estado de São Paulo, como mostra o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens de SP (Setur-SP). Presentes em mais de 300 municípios paulistas, devem atrair cerca de 470 mil turistas de junho a agosto, número superior ao do ano passado, e gerar uma movimentação econômica direta de R$ 320 milhões para o Estado, segundo estimativas do CIET, que considerou apenas as viagens com pernoite.
São festas como as do município de Votorantim, localizado na região metropolitana de Sorocaba, celebradas há mais de cem anos, com shows sertanejos e comidas típicas que atraem um público de 500 mil pessoas; ou as do Centro de Tradições Nordestinas, na capital do Estado, com o “São João de Nóis Tudim”, que embala 300 mil visitantes em quadrilhas e receitas regionais; ou às do litoral paulista, como a Vila Junina de Praia Grande, que reúne os foliões em vários dias de festa no espaço do kartódromo, com iguarias típicas e muita música ao vivo, para um público de 140 mil pessoas.
“As festas juninas manifestam a nossa identidade, além de preservar tradições, valorizar a cultura, fortalecer os laços comunitários e estimular as viagens”, afirma Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo. Os arraiás aquecem o turismo de compras, movimentam os restaurantes, além do setor hoteleiro e do transporte rodoviário, gerando um ambiente de expectativas positivas para a economia no período.
Celebradas no Brasil desde o século XVII, as festas juninas são a segunda maior comemoração realizada pelos brasileiros, atrás apenas do Carnaval. De origem pagã, as festas juninas hoje estão associadas a santos católicos, como Santo Antônio, São João e São Pedro. Muitas acontecem em espaços de igrejas, conhecidas como quermesses, outras são realizadas pelas prefeituras municipais.