O volume de serviços prestados no país registrou queda de 0,3% em setembro, na comparação com o mês anterior. Foi o segundo recuo consecutivo do setor, que acumula perda de 1,6%. Os números fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, o setor ficou 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em dezembro de 2022.
O analista da pesquisa Rodrigo Lobo disse que setembro foi o terceiro mês de menor receita oriunda de prestação de serviços no ano, na frente apenas de janeiro e abril. As principais quedas foram no setor de serviços profissionais, administrativos e complementares, que caíram 1,1%.
A queda na atividade de informação e comunicação também chamou atenção. O recuo de 0,7% foi o terceiro seguido. No período de julho a setembro acumulou perda de 1,7%.
Os transportes tiveram queda de 0,2%, influenciada pelos setores de transporte rodoviário de carga que, segundo o IBGE, é o principal segmento desse grupo e um dos maiores pesos da pesquisa, seguido por transporte aéreo de passageiros.
A PMS indicou ainda que 17 das 27 unidades da Federação (UF) registraram queda no volume de serviços em setembro, frente ao mês anterior. Com o recuo de 1,2%, São Paulo representou o impacto negativo mais importante, seguido por Goiás (-4,5%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Brasília (-2,6%).
Em relação ao resultado de setembro de 2022, o volume de serviços apresentou queda de 1,2% e interrompeu a sequência de dois anos e 6 meses de taxas positivas, nessa comparação.
PMS
Segundo o IBGE, “a pesquisa produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as unidades da Federação”.