A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,5% para 4,55% este ano, estourando o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Definida pelo CMN, a meta é de 3% para este ano.
A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (28), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Em setembro, puxado principalmente pela conta de energia elétrica das residências, a inflação no país foi de 0,44%. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,42%.
Juros e dólar
A taxa básica de juros, a Selic, foi definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), provocada pela alta do dólar e as pelas crescentes incertezas em torno da inflação e da polítitica fiscal do governo.
A próxima reunião do Copom está marcada para 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano.