Luciano Lima
O presidente Bolsonaro está sendo escancaradamente prejudicado nestas eleições. Aliás, uma perseguição política nunca antes vista. No segundo turno então, as máscaras todas caíram definitivamente. É muito claro que, no script montado, não incluía um segundo turno. O que deve ter dado errado?
Não estão nem disfarçando. A situação é tão delicada, grave e assustadora que nos remete às situações mais sombrias de qualquer ditadura. É a destruição moral da justiça brasileira e a falência do jornalismo brasileiro, que terá que “sucumbir das tumbas” para se recuperar dos desastres promovidos nesses últimos três anos.
Imagine uma situação hipotética, lembrando que qualquer semelhança é mera coincidência. Você sofre um assalto na rua e procura a delegacia mais próxima. Chegando na delegacia, você comunica o assalto e diz para o delegado que o bandido está sentado na praça. O delegado te ouve, depois diz que é mentira e imediatamente te dá voz de prisão.
Pois é, foi o que aconteceu com a campanha do presidente Jair Bolsonaro. A “saia justa” do “roubo” das inserções de rádio em todo o Brasil foi exposta e, na verdade, o ministro Alexandre de Moraes se enfureceu com a descoberta da “mutretagem” e convocou a “Liga da Injustiça” para defender a “honra” do TSE, liga esta liderada pelo “Consórcio de Veículos de Imprensa”.
A exoneração do servidor do TSE Alexandre Gomes Machado, que já havia relatado irregularidades no sistema de fiscalização do TSE, é muito mais que um “batom cueca”. Ignorar o documento de mais de 5 mil páginas de uma auditoria que comprovava os detalhes da fraude e ainda acusar a campanha do presidente Jair Bolsonaro de “tumultuar o segundo turno” é um tapa na cara da democracia e do Estado Democrático de Direito.
Na verdade, o ministro Alexandre de Moraes ficou acuado e partiu para o ataque. É inacreditável! É desesperador! Foram tantas arbitrariedades cometidas, que o ministro Alexandre de Moraes já deveria ter sido afastado. Não tem condições morais para tocar o processo eleitoral brasileiro.
O Brasil vive um dos mais antidemocráticos processos eleitorais da sua história. História que será contada muito em breve.
*Luciano Lima é jornalista e historiador