Marcos Machado
A principal característica do esquerdismo não é a preocupação com os pobres, nem a luta por justiça, tampouco algum senso de compaixão universal. Isso tudo é teatro, e a gente pode enxergar isso em tempo real, na atualidade. O que realmente define o esquerdista — do militante de grêmio ao professor de humanidades metido a profeta — é sua relação simbiótica com a mentira. O esquerdismo não sobrevive sem ela. A mentira não é um acessório de campanha ou uma exceção estratégica: ela é o oxigênio ideológico do esquerdismo. É a lente pela qual o militante vê o mundo, e o espelho onde esconde sua própria hipocrisia.
A verdade é tóxica para o esquerdista, é o fim da fantasia, o colapso do discurso, o desmoronamento do personagem. Porque se o esquerdista resolvesse, em um lampejo de sinceridade suicida, dizer exatamente o que defende, do que se alimenta, e aonde quer chegar — ninguém com um pingo de bom senso o seguiria.
Imagine um panfleto eleitoral honesto da esquerda:
“Vote em nós para destruir a família, relativizar o crime, censurar o pensamento divergente e transformar seu filho em um militante hormonalizado aos 12 anos. Defendemos a estatização da sua liberdade, a reeducação do seu espírito e a criminalização da sua consciência.”
Não dá. É por isso que eles mentem, e mentem com o peito estufado e a cara lavada. Mentem por vocação, por formação, por vício de alma.
- Mentem quando dizem que lutam contra o autoritarismo, enquanto sonham com controle total.
- Mentem quando dizem defender os pobres, enquanto enriquecem parasitando o Estado.
- Mentem quando dizem promover diversidade, enquanto esmagam qualquer divergência.
- Mentem quando falam de democracia, mas só aceitam uma: a deles.
Olavo de Carvalho já apontava, com precisão cirúrgica, esse mecanismo de autoengano institucionalizado: o esquerdista mente porque, se dissesse a verdade, seria linchado até por seus próprios eleitores. A esquerda precisa fantasiar a realidade porque, no mundo real, suas ideias produzem apenas ruínas — morais, culturais e econômicas.
Uma tentativa de negar o óbvio, de apagar a natureza humana, de substituir a moral por ressentimento e a liberdade por controle
Há um veneno contra o parasita, e ele tem nome: verdade.
- A verdade histórica que expõe cada genocídio disfarçado de “revolução popular”.
- A verdade cultural que mostra o estrago da ideologia nas escolas, nas artes, na linguagem.
- A verdade econômica que grita: onde a esquerda mete a mão, sobra inflação e falta pão.
A maior de todas: a verdade espiritual, de que o esquerdismo, no fundo, é uma revolta contra a realidade. Uma tentativa de negar o óbvio, de apagar a natureza humana, de substituir a moral por ressentimento e a liberdade por controle.
O esquerdista odeia a verdade porque ela o desmascara. Ele odeia a liberdade porque ela expõe sua impotência. Ele odeia a civilização porque nela não cabe sua utopia infantil travestida de ciência social.
Se você quiser ver um esquerdista se revelar diga a verdade. Mostre os fatos. Questione a narrativa e veja como ele se contorce, muda de assunto ou te acusa de “fascista”, última trincheira dos que perderam o debate e não têm mais mentiras suficientes para sustentar o teatro.
A verdade é o exorcismo da esquerda. Use sem moderação.
*Jornalista profissional diplomado, editor do portal Do Plenário, escritor, psicanalista, analista sensorial, adesguiano, consultor de conjunturas e cidadão brasileiro protegido (ou não) pela Constituição Brasileira