A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – aumentou, outra vez, passando de 4,12% para 4,2% este ano. A estimativa está no Boletim Focus dessa segunda-feira (12), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Em julho, puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica, a inflação do país foi 0,38%, após ter registrado 0,21% em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%.
Juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente econômico adverso e do aumento das incertezas quanto à administração do país, na última reunião, no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, mas há expectativa de que aumente, novamente, a Selic já na próxima reunião.
A Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986, durante o governo de Jair Bolsonaro, com Paulo Guedes no comando da economia, em 2020. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
A previsão de cotação do dólar também subiu e está em R$ 5,30 para o fim deste ano.