* Lívia Sobroza e Vanessa Araújo
Para que a criança se desenvolva adequadamente, é preciso que haja integração entre os adultos que cuidam dela – família e escola. Quando ambas as partes atuam juntas, o processo de aprendizagem alcança mais sucesso.
A participação da família na escola faz com que a criança se sinta valorizada. Por muito tempo, a figura de pais/responsáveis em escolas esteve relacionada a “aluno-problema”, o que era um mito. O estudante tem melhor desempenho acadêmico quando família e professores compreendem suas expectativas e mantêm contato para conversar sobre aprendizagem, atitudes, progresso acadêmico, interações sociais.
A escola é, geralmente, o primeiro ambiente em que a criança entra em contato com adultos que não são de sua família. No novo espaço, ela vai aprender a atuar com respeito, disciplina, paciência. É importante que os responsáveis a incentivem a ter um olhar positivo em relação à escola. E que ela compreenda que este, além de ser um espaço de aprendizagem, oferece momentos prazerosos com amigos e professores.
Procure escolas que incentivam a participação da família no projeto educacional, com reuniões, rodas de conversa, palestras, apresentações, comunicação direta com a equipe pedagógica. A escola precisa ser uma organização colaborativa que desenvolva atividades com base em situações reais.
As tarefas de casa reforçam e ampliam o aprendizado de sala de aula. É importante que a família as acompanhe desde cedo, esteja disponível para auxiliar, oferecer orientação.
A autonomia é muito importante. Uma das formas de estimulá-la é estabelecer uma rotina de deveres de casa dentro dos prazos estipulados pelos professores, o que ajuda a desenvolver responsabilidade. E, assim, a criança entende que o aprendizado acontece também fora da sala de aula.
As atividades de casa devem ser feitas sem correção dos familiares. Se perceber dificuldades, procure a professora ou a coordenadora para saber se é uma dificuldade pontual ou se é preciso acompanhamento mais próximo.
Converse com seu (sua) filho (a) sobre o que aconteceu na escola, o que estudou, que atividades fez, como se relacionou com outras crianças. Procure entender frustrações e anseios. É importante que ele (ela) se sinta seguro (a) e amparado (a). Estimule o conhecimento sem cobranças excessivas nem comparações. Aprender precisa ser prazeroso.
Participar da vida acadêmica envolve conversar com a criança, com pais de outras crianças, com a equipe pedagógica, além de visitar a escola, incentivar o progresso, envolver-se com as tarefas, estar atento ao comportamento do (a) filho (a). É preciso amor e paciência para cresçam com autoestima elevada, segurança física e psicológica.
Lívia Sobroza, analista de marketing do Colégio Seriös
Vanessa Araújo, Diretora Pedagógica de Educação Infantil e do Ensino Fundamental Anos Iniciais, do Colégio Seriös *
(Foto: Bento Viana)