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O que acontece na ilha de Marajó é de deixar os pedófilos malucos

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RAY CUNHA

Há décadas que Dom José Luís Azcona Hermoso, bispo emérito prelado de Marajó, no estado do Pará, denuncia a exploração sexual de crianças no arquipélago. Desde 12 de abril de 1987, vive em Soure, na ilha de Marajó, e vem denunciando a situação miserável da população do arquipélago, a devastação ambiental, a pesca predatória e a exploração de crianças na prostituição e escravidão sexual, e tráfico de crianças e mulheres para a Guiana Francesa e a Europa.

A senadora Damares Alves (Republicanos/DF) também já denunciou o crime horrendo que se passa no Marajó, e que é do conhecimento de todos, até dos jacarés. Durante seu exercício como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de 2019 a 2022, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, Damares Alves, que é advogada e pastora evangélica, pôs a boca no trombone. O resultado é que líderes e artistas da esquerda mugiram que Damares estava mentindo; fake news, como se diz.

A artista de televisão Xuxa Meneghel queria a cassação de Damares e o Ministério Público Federal cobrou dela uma indenização de 5 milhões de reais por fake News. Mas os ecos do coração das trevas no Marajó é tão indecente que é como água represada que se avoluma e transborda.

Agora, o assunto volta, como pedrada na cara dos coronéis paraenses. A cantora gospel Aymeê Rocha divulgou uma canção-denúncia, Evangelho de Fariseus, que mexe no inferno da Ilha de Marajó: abuso sexual e tráfico de órgãos. “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas… Marajó é muito turístico e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por 5 reais”.

No meu livro-reportagem O CLUBE DOS ONIPOTENTES, que traça um perfil do Brasil de agora, eu abordo a questão marajoara: “A ilha de Marajó é maior do que a Jamaica, Porto Rico ou Trinidad e Tobago, no Caribe, ou do que a Córsega, na França mediterrânea, ou a ilha de Creta, no mesmo mar europeu-africano, e o arquipélago é rico: suas praias atlânticas são deslumbrantes; seus açaizais, imensos; seu rebanho bubalino é o maior do Brasil; sua cerâmica é exportada para o mundo inteiro, via Icoaraci, ou Vila Sorriso, bairro de Belém; e sua produção de pescados contribui para que o Pará seja um grande produtor de peixes.

“Mas neste arquipélago ratos d’água atacam casas de ribeirinhos, roubam e estupram as mulheres; curumins morrem devorados por verme, ameba, giárdia, malária, ou são estuprados dentro de carros enquanto balsas cruzam os rios, e no interior de embarcações, silenciadas, no seu sofrimento, por comida; nas balsas que cruzam os rios do arquipélago crianças são empurradas aos mais torpes atos, às vezes a troco de querosene, para acender lamparinas.

“Quando as embarcações se aproximam, meninas partem em grupo em canoas e remam em direção a balsas, barcos e navios. É lançada uma corda para ajudar as “balseiras”, como são chamadas, a subir às embarcações, onde tentam vender produtos agrícolas. Mas os homens geralmente estão interessados em outra coisa, e as estupram a troco de pacotes de biscoito, leite em pó ou condensado, ou óleo diesel.

“Em declaração ao jornal Beira Rio, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a pesquisadora Monique Loma explicou que as famílias não veem isso como exploração sexual, mas como “uma oportunidade para eles; além de gerar renda, os pais olham para a prática como uma chance de as meninas se casarem com algum marinheiro e terem uma chance melhor na cidade”.

“E revela: “Quando contamos à família o que está acontecendo, o que essa atitude gera, percebemos que eles não tinham noção sobre a legislação ou sobre os Direitos da Criança e do Adolescente. Jamais poderiam fazer uma ocorrência, pelo simples fato de aquilo ser o cotidiano deles, não um crime”.

“E o choque: “Foi uma surpresa ver que, para elas, aquilo era brincadeira. Algumas afirmaram estar procurando o príncipe encantado. A naturalidade com que elas falavam de tudo foi um choque. Como eu poderia falar de violência sexual, de exploração, se elas nunca tinham ouvido esses termos?”

Se houvesse vontade política, o Marajó sozinho faria do Pará um dos mais ricos estado da União, mas aí os coronéis não ficariam bilionários. O CLUBE DOS ONIPOTENTES: “Ana Sá estava sondando a instalação de uma base de lançamento de foguete no cabo Maguari, município de Soure, ilha de Marajó, Pará, onde possuía um mundo de terras e de búfalos.

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