O senador Marcos Rogério (PL-RO) manifestou preocupação com o que classifica como um “desastre econômico” na gestão de Luiz Inácio da Silva. Em pronunciamento no Plenário nessa terça-feira (2), o senador destacou números que considera alarmantes, como a arrecadação recorde de R$ 202,9 bilhões, a maior em 24 anos, mas que segundo ele, não foi suficiente para equilibrar as contas públicas.
— Nunca se arrecadou tanto, isso é um fato; tudo à custa do povo, tudo à custa dos altos impostos, da sobrecarga do empresariado. Era de se imaginar que, com tamanha arrecadação, a situação das contas públicas, das contas do governo, ficaria mais equilibrada, mas não: as contas do governo estão no vermelho, e pior, com o maior saldo negativo da história, ou seja, arrecadou mais, torrou tudo e ainda fez dívida! No popular, gastou além da conta, e um detalhe: não se vê um programa estruturante de investimentos. O PAC é uma enganação, sempre prometendo bilhões sem ter dinheiro em caixa, e, no fim, não há política real de investimentos. Onde estão as grandes obras, as obras estruturantes? — questionou.
Marcos Rogério chamou a atenção para a instabilidade econômica, e mencionou a disparada do dólar para R$ 5,65, após declarações “equivocadas” do presidente, como as críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Para o parlamentar, a gestão do governo Lula prefere culpar terceiros pelos erros cometidos, em vez de assumir a responsabilidade pelos problemas econômicos do país.
— Estamos diante de uma gestão que gasta demais e gasta mal. Precisamos de uma gestão responsável, que priorize a estabilidade econômica e o bem-estar da nossa população, e não seguir a cartilha que Lula lançou esta semana mais uma vez. O problema não é ter que cortar; o problema é saber se precisa efetivamente cortar ou aumentar a arrecadação. Precisamos fazer essa discussão. Este é o presidente [Lula] que temos no Brasil: o negócio é gastar, não importa se não tem Orçamento; se não tem Orçamento, arranque-se do lombo do trabalhador, do empresariado, daquele que produz e gera emprego neste país — lamentou.
Fonte: Agência Senado