Num dia de bastante turbulência no mercado financeiro, o dólar voltou a subir, após superar a barreira de R$ 5,70 durante a terça-feira (2). A bolsa de valores se manteve equilibrada, impulsionada por ações de empresas exportadoras e com a ajuda das bolsas norte-americanas operadas por dólar.
A melhora no mercado global não se repetiu no Brasil. O mercado reagiu, mais uma vez, a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista a uma rádio da Bahia, Lula disse que tomaria providências em relação à alta recente do dólar ante o real, mas não detalhou as medidas para evitar alertar os adversários.
No fim da manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo pretenda reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cambial para segurar a alta do dólar.
O dólar comercial encerrou a terça-feira vendido a R$ 5,665, com alta de 0,22%. A cotação, no entanto, acelerou-se bastante durante a sessão, chegando a R$ 5,701 na máxima do dia, por volta das 14h50. Nas horas finais de negociação, desacelerou, influenciada pelo clima favorável no mercado externo e por investidores que venderam dólares, aproveitando a disparada da moeda. A moeda norte-americana acumula alta de 16,8% em 2024.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.038 pontos. Mais uma vez, o indicador foi salvo por ações de empresas exportadoras, principalmente do setor de carnes.
O mercado externo teve um dia de alívio, com as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano após dias sucessivos de alta. O presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, disse que a economia norte-americana iniciou uma trajetória de desinflação, o que animou os investidores internacionais.
