A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para este ano foi mantida em 5,65% de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14), em Brasília. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%. Em março, a inflação fechou em 0,56%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos.
Em fevereiro,a inflação marcou 1,31%. No acumulado em 12 meses, o IPCA soma 5,48%.
Juros
A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia brasileira, o descontrole nos gastos públicos. fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária. A Selic foi definida em 14,25% ao ano.
Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira dá sinais de moderação na expansão. Segundo o BC, a inflação cheia e os núcleos – medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia – continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.
Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em um ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.
Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 ficou em pífio 1,98%, de acordo com o Boletim Focus.