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sexta-feira, novembro 1, 2024

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Governo de Brasília antecipa campanha de vacinação antirrábica

Para alertar e prevenir a população em relação ao vírus da raiva, a Secretaria de Saúde de Brasília-DF antecipou a Campanha de Vacinação Antirrábica para esta quarta-feira (6). Os locais para vacinar cães e gatos ficam abertos das 9h às 17h e podem ser conferidos aqui. A pasta deve abrir também pontos volantes em parceria com clínicas veterinárias.

Os locais em que as pessoas podem ter vacinação antirrábica podem ser acessados aqui. Confira neste link a relação dos hospitais em que é possível a população receber a vacina e o soro antirrábico pós-exposição.

O animal doméstico deve ser vacinado a partir dos três meses e é necessário que a imunização seja reforçada anualmente. “A raiva é uma doença prevenível. Existe vacina e temos estoque para vacinar”, alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins.

A campanha estava prevista para agosto, mas foi antecipada para reforçar os cuidados com a doença a partir da confirmação de um caso de raiva humana em Brasília.

Atualmente, estima-se que a população de cães e gatos em todo o Distrito Federal seja de 345.033, dos quais 308.419 são cães e 36.613, gatos. A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal.

Arte: Agência Saúde

Transmissão

O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordidas e arranhões ou de lambidas de mucosas e pele lesionada.

O diretor-substituto da Vigilância Ambiental, o médico veterinário Laurício Monteiro da Cruz, ressalta a importância de higienizar a área que pode ter sido contaminada. “Lavar a mão com água e sabão é uma medida extraordinária com a qual já se diminui muito a possibilidade de propagação do vírus”, explica.

Para se prevenir, além da vacina, é importante evitar mexer ou tocar em cães e gatos desconhecidos, sem donos, principalmente quando eles estiverem se alimentando, com cria ou dormindo.

O especialista acrescenta que, em caso de suspeita de raiva, é fundamental a comunicação para acompanhamento e análise. O contato com a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde pode ser pelo telefone (61) 2017-1342 ou pelo Disque Saúde – 160 ou pelo e-mail: zoonosesdf@gmail.com.

Especialistas Laurício Monteiro Cruz, diretor-substituto da Vigilância Ambiental, e Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica, ressaltaram características epidemiológicas da raiva nesta terça-feira (5) | Foto: Tony Winston / Agência Saúde

Cuidados e tratamento

No caso de uma possível infecção, a pessoa deve ir a uma unidade de saúde o mais rapidamente possível para o primeiro atendimento. “Quem avalia é o profissional de saúde, que está amparado por um protocolo que vai verificar se o animal tem histórico de vacinação, se é agressivo, entre outros fatores”, informa o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano Martins.

O especialista explica que há duas possíveis medidas de tratamento com profilaxia antirrábica humana: a pré-exposição e a pós-exposição, depois de avaliação profissional.

A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como veterinários. Já em caso de pós-exposição, devem ser avaliadas de acordo com as características do ferimento e do animal envolvido.

Confira neste link mais informações sobre a doença, inclusive as características para cada esquema, a lista de salas de vacinas, atendimentos em que se realiza e as unidades hospitalares na qual são feitas a aplicação de soro e imunoglobulina antirrábica humana.

Caso em Brasília

A Secretaria de Saúde de Brasília confirmou nessa terça-feira (5) um paciente do sexo masculino de 15 a 19 anos infectado com raiva. Ele está em estado grave e segue em observação pela vigilância epidemiológica. O último caso de raiva humana no Distrito Federal havia sido registrado em 1978.

A doença é caracterizada por sintomas neurológicos em animais e seres humanos. O vírus se multiplica no local da lesão, migra para o sistema nervoso e, a partir daí, para diferentes órgãos, principalmente para as glândulas salivares, sendo eliminado pela saliva.

O vírus circula em ambientes domésticos, como em cães e gatos; silvestres, como em raposas; aéreos, como em morcegos; e em rurais, como em cavalos e vacas.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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