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quinta-feira, dezembro 12, 2024

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Em 2022, Brasil atraiu quase metade dos investimentos na América Latina

Em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, tendo Paulo Guedes no comando da economia, o Brasil atraiu quase a metade (41%) de todos os investimentos estrangeiros diretos (IED) destinados à América Latina e o Caribe. Um volume recorde. Em segundo lugar ficou o México, com 17%. Os dois países são as maiores economias da região. No Brasil, o volume de IED quase dobrou em 2022, crescendo 97%. No México, o crescimento foi menor e atingiu 14% em relação ao ano anterior. A informação é da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal). No ano passado, a região recebeu US$ 224,58 bilhões de outras partes do planeta destinados ao setor produtivo.

O montante dos investimentos foi 55,2% superior a 2021. Segundo a Cepal, pela primeira vez em nove anos esse tipo de recurso superou a marca de US$ 200 bilhões. “Os fluxos de IED para a região não ultrapassavam os US$ 200 bilhões desde 2013, portanto a recuperação de 2022 estabelece um importante marco de investimento na última década”, destacou o relatório.

Diferentemente dos investimentos financeiros, destinados ao mercado financeiro, os investimentos estrangeiros diretos se destinam à geração de empregos, como compra de empresas nacionais ou expansão de empresas estrangeiras para outros países. Segundo a Cepal, os setores mais beneficiados no último ano foram os de serviços, energias (renováveis e não renováveis) e manufatura.

Em 2022, o número de fusões e aquisições resultantes de IED aumentou apenas 7%, mas o valor dos negócios disparou 57%, chegando a US$ 30,15 bilhões no ano. Segundo a Cepal, a alta se deve à retomada de planos de investimento e de expansão pelas empresas.

Baixa atração

Apesar do crescimento, a América Latina atraiu apenas 8% do fluxo global de investimentos estrangeiros diretos em 2022, com exceção do Brasil. Proporcionalmente, a região teve a menor participação, ficando atrás da Europa, da Ásia-Pacífico, África, Oriente Médio e América do Norte.

No ano passado, o volume global de IED somou US$ 1,29 trilhão, alta de 11% em relação a 2021. O cálculo da Cepal, no entanto, eliminou o impacto da desinstalação de empresas em Luxemburgo, centro financeiro global usado por empresas que atuam na Europa e transferem a sede para o país.

 

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