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É só alegria!

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Ray Cunha

Em 2021, no governo de Jair Bolsonaro, o Brasil dava mais um passo para se tornar uma economia estável: a aprovação da lei que estabelece a autonomia do Banco Central (BC), blindando-o de pressões político-partidárias.

“Hoje, é um grande dia para o Banco Central e um grande dia para o Brasil. Estamos diante de um importante passo, com a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro da lei que garante a autonomia do Banco Central. Hoje, vai ficar para a história como um marco do desenvolvimento institucional do nosso país” – disse, na ocasião, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

Com a lei, o presidente do Banco Central e a diretoria passaram a ter mandato de quatro anos, não coincidente com o do presidente da República. Todos podem ser reconduzidos ao cargo, apenas uma vez, por igual período. O presidente do banco se obriga a explicar ao Senado, nos dois semestres do ano, as decisões tomadas no semestre anterior.

O Banco Central executa as políticas monetária, cambial, de controle inflacionário e de juros, procurando mantar a estabilidade da moeda.

Na terça-feira, dia 8, o Senado aprovou a indicação do economista Gabriel Galípolo para o cargo. Galípolo assumirá em 1º de janeiro de 2025 e deve ficar até 31 de dezembro de 2028. Em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos, ele prometeu não se dobrar a pressões do Executivo, mas a coisa se parece com o Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da República indica o sujeito, ele é aprovado pelo Senado e pronto. O sistema de escolha é esse.

Galípolo é velho frequentador das rodas do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele compartilha com Lula e o ministro da Economia, Fernando Haddad, uma moeda única do Mercosul. “Vamos voltar a restabelecer nossa relação com a América Latina e se ‘deus’ quiser vamos criar uma moeda na América Latina, porque não tem esse negócio de ficar dependendo do dólar” – sonha Lula.

Sonha também poder gastar sem limites, podendo viajar à vontade, com sua consorte, Janja, inclusive em avião presidencial novo, e se hospedar nos hotéis mais caros do planeta, levando comitivas que nem reis árabes conseguem formar, e renovar de vez em quando os móveis do Alvorada. Todo mundo tem a corda que merece.

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