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Cresce o número de empreendedoras em Minas

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A dança sempre foi uma paixão entre as irmãs Nádia, Débora e Natália. Há nove anos, as aulas que elas ministravam como voluntárias em um projeto social se transformaram em um negócio: o Pas de Quatre Centro de Dança, localizado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

No Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado nessa terça-feira (19), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) celebra o otimismo das mineiras para investir em seus negócios.

Até outubro, os financiamentos realizados pelo banco por meio das linhas oferecidas exclusivamente às empreendedoras já superaram o volume de todo o ano de 2023, chegando a R$ 60 milhões em 2024.

Outro dado que mostra o fortalecimento das micro e pequenas empresas lideradas por mulheres é o crescimento de 20% no número de negócios com este perfil que foram apoiadas pelo BDMG neste ano.

Até outubro, quase mil empreendedoras tiveram acesso ao crédito do BDMG, que oferece taxas reduzidas para mulheres que lideram suas empresas.

“O Governo de Minas leva o empreendedorismo a todos os cidadãos, sem qualquer distinção, através de ações que simplificam o ambiente de negócios e do fomento direto, como no caso do BDMG. Vermos a crescente de mulheres gerando emprego e renda em nosso estado é motivo de muito orgulho para nós”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, destaca que, entre os bancos de fomento do país, a instituição mineira foi a primeira a oferecer linhas exclusivas e com taxas reduzidas para as empreendedoras.

“Essa é uma maneira efetiva de contribuir para a maior atuação de mulheres enquanto empreendedoras e, como consequência, apoiar a geração de emprego e renda no estado. O BDMG oferece taxas diferenciadas para mulheres que têm mais de 50% de participação societária na empresa em todos os meses do ano. Não é uma ação apenas em março, oficialmente o mês da mulher”, afirma.

Desafios superados

Segundo levantamento do Sebrae Minas divulgado neste ano, cerca de 40% dos micro e pequenos negócios mineiros são comandados por mulheres, como no caso das irmãs bailarinas que se transformaram em empreendedoras.

As sócias Nádia, Débora e Natália Samarino administram a escola Pas de Quatre Centro de Dança, com 270 alunos. Formada em administração, Nádia conta que buscou o crédito junto ao BDMG por três vezes, a última delas neste ano para ajustar o fluxo de caixa.

Em financiamentos anteriores, usaram o crédito para reformar o banheiro e adequar o espaço das aulas, o que, segundo ela, gerou aumento no número de matrículas.

“Depois da reforma, 80% dos alunos que visitam a escola, ficam. Antes, eram 50%. Tínhamos 170 alunos pagantes, hoje são 235, sem contar os bolsistas que temos”, afirma. Ela diz que optaram pelo BDMG ao saber das taxas reduzidas para empresárias mulheres e a carência para começar a pagar. “Não teve comparação”, garante.

Segundo a empreendedora, o mercado da dança é predominantemente feminino e, por isso, não vivencia grandes dificuldades por ser mulher no dia a dia. Contudo, quando precisa lidar com fornecedores, ainda enfrenta dificuldades.

“Na hora de fazer melhorias ou manutenção na escola, convivemos com áreas mais masculinas. Percebo que não dão tanta importância para a nossa opinião. Acham que, por sermos mulheres, não sabemos falar sobre uma reforma, mas estamos tratando do nosso negócio e prontas para isso”, pontua.

Linhas exclusivas

O BDMG oferece produtos diferenciados com foco na igualdade de gênero. Como critério, é necessário que a empresa tenha participação societária feminina igual ou superior a 50% do capital social há mais de seis meses.

De 2019 a outubro deste ano, o banco desembolsou R$ 295 milhões para incentivar mais de cinco mil empreendedoras de 455 municípios mineiros.

O financiamento é contratado de forma digital e permite que seja usado para investir, comprar equipamentos, aumentar capital de giro, equilibrar o fluxo de caixa e reorganizar dívidas.

 

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