*Luciano Lima
Eu tenho profundo desprezo por esses perfis de fofoca e tenho um extremo preconceito por quem curte, compartilha e segue páginas como a da “CHOQUEI”, que são redes sociais que têm um profundo desrespeito pelo ser humano e não medem consequências para destruir e prejudicar pessoas.
Sou pai e me coloco, mesmo sem ter noção do tamanho da dor, no lugar da mãe da Jéssica, que, antes do suicídio da filha, implorou, se humilhou e clamou para que a deixassem em paz. Infelizmente, não foi atendida! A maldade e a crueldade falaram mais alto.
Não me interessa se a página apoia ou apoiou o Lula ou quem quer que seja. Será mais humano, digno e justo não fazer de uma tragédia humana um cabo de guerra político. É de uma imensa covardia, além de banalizar a morte da Jéssica. Precisamos, neste momento, de JUSTIÇA. Uma vida foi perdida por causa de uma mentira.
Posso afirmar que casos como o da JÉSSICA VITÓRIA não precisam de aprovação de nenhuma lei de combate a Fake News. Existe legislação contra agressões e informações falsas na internet, mas falta rapidez, efetividade e vontade do poder judiciário em julgar os casos.
JÉSSICA foi vítima de calúnia, difamação, injúria, intimidação sistemática e bullying. Para todas as estas modalidades de crime já existem leis para responsabilizar criminalmente os autores. É só a justiça fazer a sua parte.
E mais: diante da “nova ordem” no Supremo Tribunal Federal (STF), a página “CHOQUEI” já deveria ter sido tirada temporariamente do ar e os seus administradores, Raphael Souza e Júnior Silva, já deveriam ter sido, no mínimo, presos. Por que até agora nada aconteceu? Ou a “nova ordem” é apenas “dois pesos e duas medidas”?
A justiça é simbolizada pela deusa Têmis, que tem como características uma balança em uma das mãos, a espada na outra e a venda que lhe tapa a visão. A balança personifica o equilíbrio e a igualdade, a espada é a punição e a venda é a imparcialidade, e não a cegueira completa.
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista