Início POLÍTICA Ameaças, retaliações e mentiras são modus operandi do MST, revela depoente

Ameaças, retaliações e mentiras são modus operandi do MST, revela depoente

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O colegiado da Comissão da Parlamentar de Inquérito sobre as invasões de terras realizou, nessa terça-feira (8), Audiência Pública para ouvir o depoimento de três ex-participantes de acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizados no Sul da Bahia, com o objetivo de esclarecer as práticas e as ações do MST.

Os ex-membros do movimento, Elivaldo da Silva Costa – presidente do Projeto de Assentamento Rosa do Prado, Benevaldo da Silva Gomes – ex-participante do acampamento, e Vanuza dos Santos de Souza, ex-participante do Acampamento São João, foram chamados na condição de convocados para prestar esclarecimentos.

A solicitação do requerimento para a presença dos ex-integrantes do MST foi apresentada pelo deputado e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Capitão Alden (PL-BA). Segundo o parlamentar, o motivo da convocação foi para prestar depoimento sobre o papel dos líderes do MST e como são as invasões. “Os esclarecimentos desses ex-membros são fundamentais para compreender o funcionamento interno, incluindo o papel de lideranças e o modus operandi durante invasões de terras”, afirmou Alden.


A sessão iniciou com o depoimento de Elivaldo, também conhecido como Liva do Rosa, falando que o MST tem “metodologia para captar pessoas na zona urbana” e que há uma “falsa promessa de que eles vão dar a terra”. Ele teria sido “convencido” a participar do MST há mais de dez anos.

Interrogado pelo relator Ricardo Salles (PL-SP), se o MST busca um perfil específico de pessoas com conhecimento sobre produção agrícola para participar do movimento, o ex-militante afirmou que “isso não importa para o MST”. Liva disse que “o MST quer um RG, um CPF e um título de eleitor e a partir dali começa a doutrinação”.


Ao descrever sua vivência durante o tempo que participou do movimento, o depoente afirmou sofreu ameaças, retaliações e também expôs o funcionamento interno do MST no Sul da Bahia, incluindo a atuação das lideranças durante as invasões de terras. “Os assentados são utilizados como instrumento para pressão, recebiam motivos diferentes do que seria o real propósito, e eram forçados a participar dos conflitos”.

Também prestou depoimento, a ex-participante do Acampamento São João, Vanuza dos Santos de Souza. Interrogada pelo relator sobre ter presenciado algum caso de invasão de propriedade organizado pelo MST, a depoente afirmou que sim. “Eu já participei, ocupei a sede da Suzano”, afirmou a depoente. Questionada se as terras da Suzano eram improdutivas, a depoente afirmou que “eram produtivas” e explicou que “os assentados eram orientados a acreditar que os fazendeiros são inimigos e contrários aos movimentos sociais”.

Para o deputado Messias Donato (REPUBLICANOS-ES), a CPI do MST tem trabalhado de forma incansável para trazer esclarecimentos à sociedade brasileira. “A presença dos depoentes é uma oportunidade ímpar que a CPI tem para esclarecer fatos importantes para essa Comissão. O produtor rural não aguenta mais terroristas invadindo fazendas e trazendo terror no campo”, disse o parlamentar.

A próxima reunião extraordinária da CPI das Invasões de Terras está agendada para esta quarta-feira (9), às 14h, para ouvir o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para prestar esclarecimentos sobre o aumento de invasões de propriedades rurais durante seu mandato como governador da Bahia.

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