RAY CUNHA
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse na Câmara dos Deputados que o veto do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) à extração de petróleo na foz do rio Amazonas, no litoral do Amapá, é técnico.
Em sete meses de governo, Lula e o gênio da economia, o ministro Fernando Haddad, já atolaram o país em um rombo de R$ 100 bilhões. Rombo nas contas públicas acontece quando o governo gasta mais do que arrecada, e Lula gasta com fúria, principalmente no jogo fisiológico com o Congresso Nacional. Porém o atoleiro é mais fundo. Chama-se inflação.
O presidente Jair Messias Bolsonaro deixou um superávit de R$ 58 bilhões, embora tenha extinguido vários impostos.
Só no primeiro semestre deste ano, 427.934 empresas fecharam as portas e os investidores estrangeiros estão ressabiados com a insegurança política no Brasil. Lula se alinhou com a China, Venezuela, Cuba e outras ditaduras, e partiu para o confronto ideológico com os Estados Unidos.
A Margem Equatorial, a 60 quilômetros da costa do Amapá, contém cerca de 30 bilhões de barris de petróleo e a Petrobrás tem expertise em águas profundas. Enquanto isso, a vizinha Guiana, também nadando em petróleo, já está explorando seu quintal atlântico, de mais de 11 bilhões de barris.
Quanto ao Amapá, é uma das unidades mais pobres da federação. Isolado do restante do país pelo maior rio do mundo, o Amazonas, ao sul, e pela Hileia e as Montanhas do Tumucumaque, a oeste, faz fronteira com a Guiana Francesa e com o Suriname ao norte. Além da carestia de produtos importados de outros estados, devido ao transporte, os amapaenses vivem assombrados por apagões.
Macapá, a capital, é banhada pelo rio Amazonas, que despeja em média no Atlântico 200 mil metros cúbicos de água por segundo, mas é comum abrir-se a torneira e sair lama. Nos apagões, os prejuízos são incontáveis. A cidade também não conta com esgotamento sanitário. Inchada e violenta, tem escritório de todas as facções brasileiras cobrando pedágios caríssimos, como a vida.
De modo que boa parte dos tucujus (macapaenses) vê com esperança os royalties do petróleo.