As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet caíram 16,6%, somando R$ 5,65 bilhões em outubro, divulgou nesta sexta-feira (29) o Tesouro Nacional.
Os títulos corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia) continuam sendo os mais atrativos para quem se arrisca a emprestar dinheiro ao governo brasileiro. Além do aumento da demanda por esses papéis, houve o vencimento de títulos que foram trocados por papéis novos. Em outubro, as vendas de títulos atrelados à Selic totalizaram R$ 2,52 bilhões. Os resgates, somados os vencimentos e as recompras, totalizaram R$ 1,99 bilhão.
Os títulos mais procurados pelos investidores em outubro foram os vinculados aos juros básicos, cuja participação nas vendas somou 44,6%. Os papéis corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), corresponderam a 38,1% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, totalizaram 12,4%.
Destinados ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 3,7% das vendas. Criado em setembro do ano passado, o novo título Tesouro Educa+, que pretende financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,2% das vendas.
O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da Selic. A taxa, que estava em 10,5% ao ano até outubro, foi elevada para 11,25% ao ano. Com a expectativa de novas altas, os papéis continuam atrativos. Os títulos vinculados à inflação também têm atraído os investidores por causa da expectativa de alta da inflação oficial nos próximos meses.
Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos de até cinco anos representam 68,2% do total. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 9,4%. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 22,4% das vendas.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.