Em pronunciamento nessa terça-feira (27), o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) criticou o aumento das passagens interestaduais de ônibus na região metropolitana de Brasília-Distrito Federal, por decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e destacou que o PSDB ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o aumento das tarifas.
Líder do partido no Senado, Izalci disse esperar que a ação no STF “possa, no mínimo, causar um entendimento entre o governo federal, o estado de Goiás e o governo de Brasília, para amenizar o preço das passagens”, tendo em vista a renda reduzida de boa parte da população que vive na região metropolitana. O senador também defendeu a criação do transporte intermunicipal, a exemplo do que ocorre em outras regiões do país.
— Aqui, diferentemente da Bahia, de Belo Horizonte, de São Paulo, nós não temos o transporte intermunicipal, porque a fronteira (sic) nossa é com Goiás e Minas Gerais. Então, aqui, é interestadual. Eu tenho, inclusive, um projeto tramitando, já foi aprovado em comissão, criando o transporte intermunicipal, na região metropolitana. Diante desse aumento absurdo que foi colocado, o PSDB entrou com uma ação no Supremo porque a ANTT transferiu para o Distrito Federal essa gestão, lá atrás. De qualquer forma, eu participei de diversas reuniões, por diversas vezes, com relação à União poder ajudar realmente essa região metropolitana, a região da Ride [Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno]. E houve várias promessas, que nunca foram atendidas. As pessoas que utilizam esse transporte são pessoas que trabalham aqui, pessoas humildes, pessoas que têm uma renda muito baixa. Então, eu espero que a gente possa ter, nessa ação judicial, sucesso, para que a gente possa amenizar esse sofrimento. Não justifica o pagamento de transporte interestadual. A gente precisa implantar aqui o transporte intermunicipal — defendeu.
Combate à dengue
Em seu pronunciamento, Izalci Lucas também criticou a burocracia do governo federal, que indeferiu a destinação de recursos previstos em projeto de sua autoria para combate à dengue.
— Nessas emendas individuais impositivas, eu apresentei dois projetos aqui, duas emendas com relação à dengue, com agentes comunitários. Foram R$ 3 milhões: R$ 2 milhões para a região Norte e R$ 1 milhão para a região Sul. O técnico meteu a caneta indeferindo porque eram muito parecidos os projetos. Ora, é o mesmo projeto, só que um é para a região Norte e o outro, para a região Sul. Provavelmente é um técnico que não conhece nada. Quando se fala em emendas, quem conhece realmente o mundo real é o parlamentar, é o deputado, é o senador, é o vereador, que anda na cidade, que conhece a realidade, que conhece o mundo real. Então, muitas vezes essas pessoas tomam decisões sem conhecer realmente. Eu espero que o governo possa rever isso. Não tem sentido o indeferimento de um projeto que é igual e que é exatamente para a dengue, que é um grande problema que estamos enfrentando hoje no Brasil, no século 21 — concluiu Izalci.
Fonte: Agência Senado